Livros de cabeceira

São estes os livros que ando a ler, no pouco tempo que sobra após o cansativo dia nas colheitas de ervas aromáticas que ando a fazer nesta altura do ano. Biopesticidas de origem vegetal é um tema que adoro e estas duas obras só vem reforçar ainda mais a noção que já tenho há muito tempo de que certas plantas podem ser utilizadas para livrar outras das suas pragas e doenças. Cheios de conhecimento científico e anos de experiência dos autores no tema, como agricultores. Valem mesmo a pena.

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Hipericão-do-Gerês

O Hipericão-do-Gerês (Hypericum androsaemum) talvez seja a única planta portuguesa com o nome de uma região. Não deve ser confundido com outro hipericão (Hypericum perforatum), planta vivaz, com porte e aspecto distintos, muito utilizado como planta medicinal, sendo muito popular como anti-depressivo.

Também conhecido como androsemo, mijadeira, erva-da-pedra ou erva-do-gerês, esta planta surge espontaneamente na Europa Ocidental e Norte de África. No nosso país é espontânea em locais húmidos e sombrios e margens dos rios do Minho, Beiras e Estremadura.

É um arbusto vivaz, com caules erectos e folhas simples, produzindo uma toiça com rebentos folhosos, de crescimento abundante. Pode atingir facilmente 1 metro de altura e 60-80 cm de diâmetro. Floresce entre Junho e Setembro e apresenta inúmeras flores amarelas, que evoluem em frutos que podem apresentar várias cores distintas ao longo do processo de maturação. As sementes estão prontas a colher em Setembro.

Prefere solos ácidos, húmidos, bem drenados, ricos em matéria orgânica e gosta de estar em locais sombrios, embora se adapte a uma boa exposição solar.
Apresenta excelentes características como ornamental, sendo actualmente muito utilizada em vários países, em taludes, zonas sombrias e húmidas, junto a cursos de água, e em composição de maciços silvestres, juntamente com outras plantas, em associações vegetais. Pode ser cultivada em vasos e floreiras.

Depois de esmagadas, as folhas libertam um cheiro forte e característico. Utiliza-se toda a parte aérea em infusão. Muito usado em doenças do fígado, cólicas e cistites. É um excelente diurético. Também pode ser utilizado externamente em queimaduras e contusões. Não tem contra-indicações nem efeitos secundários conhecidos. A infusão pode ser tomada 2 a 3 vezes por dia.

A propagação faz-se por sementeira, na Primavera ou por estacaria durante toda a Primavera/Verão. Curiosamente, nalguns anos a semente apresenta elevada percentagem de germinação, noutros essa baixa consideravelmente.

É particularmente afectada por pragas e doenças, sobretudo a ferrugem e os afídeos, que podem provocar estragos consideráveis. Costumo colher a planta assim que apresenta os primeiros sintomas da doença, minimizando assim os seus estragos. Quanto aos afídeos, uma solução de sabão de potássio costuma resolver o problema.

A colheita faz-se cortando a planta próximo do solo, promovendo assim nova rebentação em abundância. Podem ser realizados 2 a 3 cortes/ano.

Muito colectada na região do Gerês, infelizmente tem vindo a desaparecer, fruto desta apanha intensiva e desregrada. Poderá mesmo vir a correr risco de conservação se o ritmo da apanha continuar, sem qualquer tipo de preocupação pelas populações silvestres, apesar de existirem regras estabelecidas pelo Parque Nacional, que determinam quantidades máximas por colector e outras regras que visam a manutenção das populações espontâneas.

Poderá representar uma boa opção como planta de cultivo em pequenas e médias áreas, dada a sua procura no mercado nacional, graças ao seu comprovado interesse como planta medicinal. Disponível aqui.
Planta

Folhas

Campo de cultivo no Cantinho das Aromáticas

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Cuidados no jardim antes das férias 2008

Ahh, que alegria, estar no mesmo estúdio que esse mito vivo, Júlio Isidro, muito bem acompanhado por Serenela Andrade. De facto, cresci, como todos da minha geração, a ver este senhor nos ecrãs. E como está bem conservado!!!
Foi óptimo poder passar conselhos para os jardins na companhia destes dois. Ora aqui fica:

No jardim

  • Aplicar um adubo orgânico de cobertura no relvado e horta;
  • Podar as trepadeiras;
  • Remover excesso de frutos das árvores e hortícolas;
  • Cortar folhas à volta dos frutos ou cachos para que apanhem mais sol e fiquem mais doces;
  • Controlar ervas daninhas antes que produzam sementes;
  • Transplantar plantas para vasos maiores;
  • Tratar as pragas e doenças com os produtos mais adequados;
  • Colocar armadilhas nas árvores de fruto para controlo de pragas;
  • Remover as flores velhas das plantas;
  • Verificar o sistema de rega;
  • Podar as sebes;
  • Propagar novas plantas;
  • Regar nas horas mais frescas, sem salpicar;
  • Remexer a pilha de compostagem e mantê-la húmida;
  • Começar colheita e armazenamento de sementes.

Plantas de interior

  • Aplicar gel de água;
  • Remover folhas secas;
  • Proteger da luz solar directa;
  • Aplicar adubo de orgânico;
  • Propagar plantas.


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Workshop cozinha com ervas aromáticas & aromaterapia

Aconteceu mais um workshop no Cantinho das Aromáticas. A parte da manhã foi dedicada à cozinha, onde se confeccionaram diversos pratos com ervas aromáticas que serviram posteriormente de almoço aos participantes.

A parte da tarde foi dedicada à aromaterapia, os participantes puderam elaborar e aplicar fórmulas para tratamento de diversas patologias, aplicação estética, relaxamento, entre outras.
Algumas recordações do evento, que decorreu sempre com elevada animação:














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Manjerico e São João

Originário da Índia, o manjerico (Ocimum minimum) é uma planta popular no nosso país graças à utilização simbólica na altura das festas como o Santo António ou o São João, onde é vendida em vasos, um pouco por todo o lado. Chamado também de erva dos namorados, pois é oferecida por estas alturas entre pares.

Prefere solos ricos e bem drenados, pH entre 5-8 e gosta de estar numa posição em que apanhe muita luz sem no entanto receber com a luz solar directamente, pois a incidência forte pode provocar queimaduras e até a morte da planta. Pode ser cultivado em vasos, como planta de interior ou exterior, não tolerando frio muito intenso.

Pode apresentar um comportamento perene se as condições ideais forem reunidas (temperatura, ãgua, exposição), embora no nosso país assuma quase sempre um comportamento anual.

As suas folhas são comestíveis, tal como as do manjericão (ou alfádega ou basílico) (Ocimum basilicum), com o qual partilha um cheiro semelhante.

É um excelente repelente de insectos e por isso muitas vezes cultivado em floreiras próximo de janelas e portadas, reunindo 2 em 1: de manhã quando abrimos as janelas, a casa fica a cheirar lindamente e além disso existe menor probabilidade de entrarem estes convidados indesejados.

É também uma planta medicinal, sendo utilizada para o tratamento de flatulência, gripes e constipações, além de problemas digestivos.

A sua propagação faz-se por semente, na Primavera. Convém plantar várias plantas juntas para produzir aquele efeito de tufo redondo tão apreciado.

Dois mitos:

1 - Que alguns vendedores menos escrupulosos põem sal nas raízes das plantas para que estas durem menos (será?!!!);

2 - Que só se pode cheirar pondo a mão na planta e mexendo, não se pode cheirar com o nariz, pois esta morre (será?!!!);

Vejam o video, ficou muito engraçado, com toda a gente bem disposta. E enchemos a Praça de manjericos, bibó o São João!!!

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Sábado aromático 2

Decorreu este fim-de-semana a quarta edição do "Sábado Aromático", uma parceria Cantinho das Aromáticas/Quercus, muito concorrida, como sempre. Com a presença do Professor Jorge Paiva, do Jardim Botânico de Coimbra, que nos deslumbrou com as suas histórias, descrevendo também algumas das propriedades tóxicas que as plantas contêm. Um homem fascinante. Houve lugar a prova de infusões em malgas personalizadas e o almoço, que estava óptimo, foi inteiramente vegetariano.




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E os vencedores são:

1º Prémio: Rui Castro






  • Comentário do autor: Coccun - Pormenor de Erva-caril (Helichrysum italicum) - Semelhança aos casulos que nos filmes de ficção, dão origem às mais diversas criaturas...

2º Prémio: Irene Lourenço


  • Comentário da autora: podemos verificar o contraste entre uma flor no auge da floração, com o realçar das cores que caracterizam a calêndula (Calendula officinalis) e quando esta já se encontra murcha. Trata-se de uma flor comestível.


3º Prémio: Inês Fonseca




  • Comentário da autora: fotografia do meu 'cantinho de aromáticas': tomilho vulgar, coentros, hortelã-pimenta, hortelã-ribeirinha, cebolinho, malaguetas, equinácea, tomilho-limão, santolina, hortelã vulgar, lúcia-lima, pêra-melão, salsa, oregãos, alecrim.
Aos premiados, muitos parabéns, vão receber em breve os respectivos prémios. Desde já agradeço a todos os participantes, que com carinho aceitaram o nosso convite e enviaram os seus trabalhos, foram muitas as fotografias e muito, muito, muito difícil a sua selecção. Continuem a imortalizar as vossas plantas e jardins, pois vamos concerteza repetir a experiência.

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Resultados do concurso de fotografia...

Ficou prometido que o resultado seria publicado hoje, mas confesso que a decisão está muito difícil, até porque, à boa maneira portuguesa, recebemos metade das fotos no último dia!!!

Tentarei hoje chegar a alguma conclusão, espero... Senão amanhã publicarei aqui as fotos dos 3 vencedores. Até já...

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World Congress on Medicinal and Aromatic Plants

Recebi esta semana o convite para estar presente no IV World Congress on Medicinal and Aromatic Plants, que irá decorrer de 09 a 14 de Novembro, na Cidade do Cabo, África do Sul. Estive presente no congresso que decorreu em 2001, na cidade de Budapeste, o que talvez tenha sido a minha grande porta de abertura para este admirável mundo novo das plantas aromáticas, medicinais e condimentares. 3 portugueses presentes na altura, com os quais mantenho amizade.
A organização deste eventos costuma ser impecável e o nível das comunicações geralmente elevado, já que convidam gente de topo dos vários sectores relacionados com esta indústria para marcar presença.
Mais informação em:
http://www.wocmap2008.com/

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Colheita de hortícolas

Com a presença da mítica Manuela Bravo e do seu eternamente recordado "sobe, sobe, balão sobe", eis que desta vez me debruço sobre alguns dos pormenores que envolvem a colheitas das hortícolas lá de casa. De realçar a figura perfeitamente ridícula que faço quando a simpática performer me dirige o microfone para a acompanhar na letra da única canção portuguesa que conheço na íntegra, mas que, claramente, não consigo exprimir. Uma vergonha...
As minhas honras a esta senhora que faz parte do imaginário colectivo nacional.

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Workshop cozinha com ervas aromáticas & aromaterapia

O Cantinho das Aromáticas vai promover no próximo dia 21 de Junho um workshop de cozinha com ervas aromáticas & aromaterapia. A parte da manhã é dedicada à cozinha, onde se vão confeccionar diversos pratos com ervas aromáticas que serão degustados durante o almoço.
A parte da tarde será dedicada à aromaterapia, onde se vão elaborar e aplicar fórmulas para tratamento de diversas patologias, aplicação estética, relaxamento, entre outras.
  • 60€/pessoa
  • dia: 21 de junho, sábado
  • horário: 10h às 17h, no cantinho das aromáticas

Programa:

  • 10h cozinha com ervas aromáticas, molhos, saladas, sobremesas, etc;
  • 13h almoço biológico na quinta confeccionado pelos participantes durante a manhã;
  • 14h aromaterapia: aplicação de óleos essenciais em patologias e estética;
  • 17h fim da sessão.

Inscrições:

Raquel Barbosa
Cantinho das Aromáticas Viveiros, Lda
Quinta do Paço
Rua do Meiral, 508
4400-501 Canidelo - V.N.Gaia

tel fax : 22 77 10 301
geral@cantinhodasaromaticas.pt
www.cantinhodasaromaticas.pt

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Plantação de hortícolas

Neste vídeo mostro alguns truques e técnicas que possibilitam a plantação de algumas hortícolas da época em nossas casas, como tomateiros, pimenteiros e alfaces. Acompanhado por Mário Zambujal e em pleno dia de aniversário do Jorge Gabriel, infelizmente o tempo nunca chega e muito ficou por dizer. Numa próxima Quinta-feira haverá mais concerteza.

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Video a história das coisas (The Story of Stuff)

O que é a história das coisas (The Story of Stuff)?
Desde a sua extracção à venda, uso e descarte, todas as coisas/objectos das nossas vidas afectam comunidades, no país e pelo mundo inteiro, ainda assim a maior parte dos problemas estão longe da nossa percepção. A história das coisas (The Story of Stuff) é um vídeo de 20 minutos, bem conduzido, baseado em factos científicos, que mostra o lado escondido dos nossos padrões de consumo. Expõe as ligações entre um largo número de questões ambientais e sociais e apela para que, em conjunto, possámos criar um mundo mais justo e sustentável. Ensina, faz rir e pode mudar a forma como cada um de nós ollha para as coisas/objectos da nossa vida para sempre. Vale mesmo a pena ver até ao fim, pois é muito simples, mas muito eficaz também.
Mais informações em http://www.storyofstuff.com/


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