Jardins de bolso

Com o início da Primavera, fiquei com vontade de mostrar algo de original e inovador no ainda pouco divulgado mercado de soluções para jardins e jardinagem no nosso país. Falei com a Twig, que se prestou a ceder os artigos que procurava para a rubrica da semana.
O jardim de bolso (pocket garden) é um produto original, que surpreenderá qualquer urbano-depressivo. O saco selado e estanque contém um substrato especialmente formulado e sementes de diversos tipos de plantas, que depois de aberto basta regar, para que germinem e cresçam tornando-se belas plantas para ter em casa ou no jardim.
Os tapetes de sementes são também uma interessante solução para todos aqueles com menos sensibilidade para estabelecer relações entre plantas, graças à variedade de sementes de plantas anuais e vivazes, que permitem uma profusão de cor, para além de serem biodegradáveis.
Os semeadores permitem "encorajar a natureza" no seu jardim (ou no dos amigos !!!), pois incluem uma mistura específica de sementes de plantas que atraem pássaros e borboletas.
Por fim, os reservatórios de água individuais que permitem criar um sistema de rega subterrâneo, numa variedade grande de vasos e floreiras, fornecendo água por capilaridade, tornando esta tarefa mais cómoda, sobretudo para os que se esquecem de o fazer com a regularidade necessária. Fica aqui o vídeo com as sugestões.

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Camélias

Um dia do Pai muito especial para mim, por várias razões: faz 1 ano que colaboro com este fantástico programa que é o Praça da Alegria, ajudando a preencher milhares de corações e almas de energia positiva, através das plantas, importante sobretudo num período tão depressivo como aquele que estámos a atravessar. Depois porque contei com a presença carinhosa e espectacular da minha filha, que entrou em estúdio para me abraçar. E claro, sempre celebrando as plantas, que são a minha vida e o meu ser, desta vez a sorte coube às camélias, que deram um ar da sua beleza.
Como sempre, o tempo voa e muito ficou por dizer. Uma das coisas mais importantes que gostaria de ter dito, tem a ver com a origem do nome da planta, que se deve ao famoso botânico sueco Karl von Linné, que decidiu baptizar a planta com o nome Camellia em honra e homenagem ao padre jesuíta Joseph Kamel, grande benfeitor da humanidade, naturalista e botânico famoso, que se apelidava a si próprio de "Pater Camellus". Kamel nunca chegou a conhecer este facto, já que faleceu mesmo antes de Linné nascer. Ficou assim imortalizado graças à admiração e respeito que o seu trabalho suscitou em Linné.
Aproveitando o facto, por admiração e respeito, dedico também este momento ao meu grande amigo Gonçalo Machado, jesuíta, em missão na Beira, Moçambique. O Pai está sempre connosco.

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A aventura das plantas - trazidas das Américas

Inspirado na minha viagem a África e no fantástico livro "A Aventura das Plantas e os Descobrimentos Portugueses" (3ª Edição) de José Mendes Ferrão, decidi construir a rubrica da Praça à volta das plantas trazidas das Américas. Pena que o tempo foi pouco e só deu para falar de algumas das que tinha levado, mas este tema será retomado mais para a frente. Ficam aqui alguns apontamentos baseados no livro e a prestação, acompanhado pelo simpático Francisco Mendes.
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Abacateiro (Persea americana) - Origem: América central, México e norte da América do sul.
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Já se encontravam muito dispersos pelo continente americano quando lá chegaram os europeus; embora os naturais os valorizassem, não seduziu de imediato os europeus. Para os índios era uma árvore quase sagrada, que lhes dava força e virilidade e os curava de várias doenças. Até ao século passado não tinha grande interesse fora da sua região de origem. A partir de certa altura, começaram a surgir apreciadores deste fruto e a conhecer melhor as suas características.
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Amendoim (Arachis hypogaea) - Origem: Paraguai, Perú, Brasil.
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2 tipos de amendoim; 1 tipo brasileiro, que os portugueses encontraram e difundiram em África e possivelmente também no oriente, no séc. XVI; e outro tipo peruano, levado pelos espanhóis para o oriente, via pacífico, possivelmente através do México. Os 2 são diferentes, sobretudo nos frutos: o tipo brasileiro tem 2 frutos; o tipo peruano 3. Quando os portugueses chegaram ao Brasil já ai existia e era cultivado.
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Ananaseiro (Ananas comosus) - Origem: Brasil, México.
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Como fruto produtor de sumo e planta medicinal, assumiu enorme importância. Muitos defendem a opinião que logo após a descoberta das Américas, esta planta terá sido uma das primeiras a ser levada para a Europa, África e Ásia, onde se propagou tão rapidamente como não há outro exemplo na história de qualquer outra planta frutífera. Foi designado rei dos frutos, considerado o mais belo e o melhor dos que existem sobre a terra.
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Batateira (Solanum tuberosum) - Origem: Chile, Colômbia.
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De início, não houve um interesse muito grande na sua introdução na Europa. Só se conseguiu impor no séc. XIX. A principal razão está no facto de se acreditar que o seu consumo estava associado à lepra. Só depois das grandes fomes na Irlanda a batata se impôs como cultura de escala na Europa. As primeiras introduções tinham objectivos ornamentais ou científicos. Também pode ter sido influenciado pelos sistemas de agricultura seguidos na altura, que privilegiavam os cereais e os produtos secos, de mais fácil conservação. Foi Parmantier, um agrónomo-hortelão do sec. XVII que desempenhou um papel fundamental na sua disseminação em França e depois na Europa. Algumas histórias contam que terá convidado para um banquete altas personalidades francesas, servindo-lhes diversos pratos, exclusivamente preparados com batatas. Outros contam que terá mandado plantar um campo nos arredores de Paris, colocando uma guarda de soldados a este campo. Os agricultores ficaram curiosos e perguntaram que cultura era aquela tão valiosa para ser guardada por soldados. Logo que chegaram à fase de ser colhidas, mandou retirar a guarda durante a noite para que fossem roubadas, graças ao desejo entretanto criado de experimentarem também esta cultura. No séc. XVIII ainda era pouco usada em Portugal.
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Batata-doce (Ipomoea batatas) - Origem: Colômbia, Equador, Perú, Brasil.
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Já existia no Brasil aquando da chegada dos portugueses. Colombo trouxe-a e ofereceu-a a Isabel, a católica, como prova do achamento das Américas. Na 2ª metade do séc. XVI a sua cultura, ao contrário da batata-comum, já estava bastante divulgada em Portugal, Espanha e Itália. Os portugueses introduziram-na em África para alimentar os escravos, na Índia, na Indonésia, na China e no Japão. Hoje em dia é uma das culturas mais importantes da grande zona inter-tropical. Em África representam uma % elevada da alimentação. A China é o primeiro produtor mundial. De cultura fácil, protege bem o terreno do efeito dos tornados.
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Baunilha (Vanilla planifolia) - Origem: México.
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Os espanhóis conheceram pela primeira vez o aroma e fragância dos seus frutos quando Montezuma ofereceu a Cortez, em taças de ouro, uma iguaria constituída por uma massa de cacau torrado, triturado, misturado com farinha de milho, e aromatizada com baunilha. O povo azteca procurou guardar ciosamente o segredo da origem deste aromatizante, que usavam naquela bebida tradicional dos ricos, por isso só na 2ª metade do séc. XVI os espanhóis conseguiram conhecer a planta e a sua origem. Os europeus tentaram desenvolver o seu cultivo em estufas, mas não havia frutificação (ausência dos agentes responsáveis pela fecundação). Só no séc. XIX a baunilha se difundiu pelo mundo. Apesar dos sucedâneos de síntese, o extracto da vagem de baunilha ainda hoje é muito utilizado em produtos de grande qualidade. Os maiores produtores mundiais são Madagáscar e a Indonésia.
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Cacaueiro (Theobroma cacao) - Origem: Florestas do Orinoco/Amazonas.
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O primeiro contacto dos europeus com o cacau só se terá dado em 1502 quando Colombo encontrou um barco nativo de negociantes que transportava, entre outras mercadorias, uma espécie de amêndoas que os locais usavam como moeda e com as quais preparavam também uma bebida deliciosa. Moeda que não cultiva a avareza pois não se conserva durante muito tempo. A sua importância nas trocas comerciais na região foi tão grande que se manteve em circulação em muitas regiões americanas até meados do séc. XIX. Nesses tempos finais, 100 sementes de cacau tinham um valor monetário de 1 dólar americano. Nas tabelas de equivalências, um escravo valia 100 sementes, bem como uma mulher, e um coelho comprava-se por 10 sementes. A bebida era considerada nutritiva, fortificante e afrodisíaca, feita com o pó das sementes torradas. Já na altura era usado pelas mulheres em tratamentos de beleza. Espanha deteve o monopólio do seu comércio durante todo o séc. XVI, graças a serem os únicos a conhecerem o segredo da preparação da pasta de cacau. No séc. XVII um italiano aaprende os segredos e ensina-os aos italianos do norte. Este conhecimento chega à Áustria, onde a bebida se torna extremamente popular na corte, à altura, uma das mais ricas da Europa. O cacaueiro progrediu muito em São Tomé após a abolição da escravatura, graças aos elevados preços que este atingiu nos mercados internacionais, e nos princípios do séc. XX São Tomé era o 1º produtor mundial. Hoje o maiores produtores mundiais são a Costa do Marfim, Brasil e Malásia.
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Feijoeiros (Phaseolus vulgaris) - Origem: América do sul.
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É assente que foram os portugueses que trouxeram o Phaseolus vulgaris para a Europa e o difundiram pelo mundo tropical, logo no séc XVI, onde esta espécie suplantou, na maior parte dos casos, outros feijões. Esta planta provocou profundas transformações na agricultura e na alimentação, em quase todo o mundo. Na Europa do sul veio a ocupar um lugar muito importante na consociação com o milho e abóboras, também introduzidas, e substituíram, em parte, o consumo de grão-de-bico, lentilhas e outras tradicionais na Europa desse tempo.
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Milho (Zea mays) - Origem: México, Perú.
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Descoberto por portugueses e espanhóis no novo mundo, foi difundido pelas terras com as quais tinham contacto, o que provocou uma verdadeira revolução na economia agrícola de muitas regiões e interferiu fortemente na alimentação básica de alguns povos. Os portugueses foram buscar este grão novo aos campos de Sevilha e semearam-no no séc. XVI nos campos de Coimbra? Ou então trouxeram-no do Brasil directamente para África, onde foi cultivado e só depois enviado para Portugal. É o terceiro cereal produzido no planeta, a seguir ao trigo e ao arroz. Cultivado pelos que possuem a mais elevada tecnologia e pelos que nele encontram subsistência, a maior parte é cultivado para alimentação animal, mas nos países em desenvolvimento é largamente utilizado na alimentação.
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Pimentos (Capsicum sp.) - Origem: México, América-central.
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Doces e picantes (chili ou piripiri). O seu aproveitamento já se fazia 7000 anos antes da chegada dos europeus, onde fazia parte da alimentação corrente das populações. O pimento espalhou-se por quase todas as latitudes, como planta hortícola, cujos frutos se comem assados, fritos, crus, o piripiri espalhou-se mais nas regiões tropicais. Mesmo no oriente, apesar de ser terra de especiarias, onde poderia ser mais difícil a sua aceitação, o piripiri atingiu grande difusão. Chamado a pimenta dos pobres, por ser muito mais barato e ter o sabor ardente e picante semelhante à pimenta.
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Tabaco (Nicotiana tabacum) - Origem: América central e sul.
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A história do tabaco é das mais interessantes e acidentadas entre as de todas as plantas que os europeus conheceram no período dos descobrimentos. As 1ª informações chegam com a primeira viagem de Colombo às Américas. Os índios já fumavam as suas folhas. Foi considerada uma fantástica planta medicinal, pelas suas inúmeras virtudes. Hoje em dia conhecem-se bem os malefícios do uso do tabaco e movimentam-se campanhas internacionais contra o seu uso. Jean de Nicot, embaixador de França em Portugal, levou para França e ofereceu folhas de tabaco à Rainha Catarina de Médicis, que sofria de dores de cabeça crónicas. As folhas foram utilizadas aspirando o fumo de braseiras onde a folha era queimada, tendo sentido grande alívio com esse tratamento. Lineu deu assim o nome de Nicotiana a esta planta. Pela importância atribuída pela Rainha a esta planta, esta ficou a ser conhecida como erva-da-rainha, erva-médica. Enquanto na América o tabaco era e continuava a ser fumado, na Europa difundiu-se como medicinal, sendo o seu fumo aspirado em defumadouro. Fumar e fumar tabaco eram 2 coisas distintas. O hábito de fumar ervas aromáticas já estava espalhado no velho mundo, centenas ou milhares de anos antes da descoberta da América. Certos missionários portugueses terão levado o tabaco e o seu uso para a China e para o Japão. Fumar tabaco começou a ser alvo de perseguição na Europa e alvo de penalizações no séc. XVII. Outros começaram a centrar a sua venda em farmácias e a cobrar taxas, de forma regular o seu consumo. No Douro, e após a morte das vinhas causada pela filoxera, tentou impor-se o seu cultivo, mas o tabaco não tinha qualidade suficiente. É das poucas culturas que chega ao mercado mundial sob a forma de folha, é a planta comercial não comestível mais cultivada do mundo, ultrapassando mesmo o algodão e outras fibras.
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Tomateiro (Lycopersicon esculentum) - Origem: Equador/Perú/Bolívia/México.
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De pouca importância para as culturas indígenas, eram muito pequenos e possuíam um cheiro intenso ao toque. Foi trazida para a Europa pelos espanhóis no séc. XVI e depois levado para Itália e Inglaterra. Os italianos já o cultivavam em 1550 e terá sido o primeiro país europeu a consumir os seus frutos. As variedades mais utilizadas devem ter sido as de frutos amarelos. A cor e a forma do fruto devem estar na origem da designação italiana para o tomate: pomodoro (maçã de ouro). Foi submetido a trabalho de melhoramento, daí resultando frutos maiores. Tudo indica que as formas melhoradas vieram mais tarde a ser introduzidas no continente americano, e só então a planta adquiriu interesse económico na região. O tomate é ao mesmo tempo fruta, hortaliça e tempero.

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Já em flor

o que temos já em flor nesta altura do ano:

Alecrim 'Sissinghurst Blue' - Rosmarinus officinalis 'Sissinghurst Blue '

Alecrim-rasteiro - Rosmarinus officinalis ‘Prostratus’. Disponível aqui.

Alecrim-de-flor-branca - Rosmarinus officinalis ‘Albiflorus'.

Alecrim-do-Norte - Diosma ericoides.

Feno-de-cheiro - Anthoxanthum odoratum. Disponível aqui.

Aquilégia - Aquilegia vulgaris

Arméria-branca - Armeria pseudoarmeria. Disponível aqui.

Azedas - Rumex scutatus

Calêndula, maravilhas - Calendula officinalis. Disponível aqui.

Campo de alecrim

Ceanothus sp.

Roselha-grande - Cistus albidus.

Jasmim - Jasminum officinale. Disponível aqui.

Chuchas; Chupa-pitos; Coelhos; Lâmio-maculado - Lamium maculatum

Alfazema-de-folha-recortada - Lavandula multifida. Disponível aqui.

Rosmaninho-maior - Lavandula pedunculata.

Loureiro - Laurus nobilis
Morangueiro-bravo - Fragaria vesca.

Pelargónio-folha-pequena - Pelargonium odoratissimum. Disponível aqui.

Marióilas - Phlomis fruticosa. Disponível aqui.

Marióilas - Phlomis purpurea. Disponível aqui.

Primaveras; Pão com queijo - Primula vulgaris

Abrunheiro-bravo - Prunus spinosa

Saião-curto; alcachofra-dos-telhados - Sempervivum tectorum

Salva-de-flor-branca - Salvia officinalis ‘Albiflora’

Cravo-túnico - Tagetes sp.

Pervinca - Vinca major. Disponível aqui.

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Começa já hoje!!!

Começa hoje o Festival Internacional de Camélias em Celorico de Basto. Boa oportunidade para conhecer uma das regiões mais bonitas do país, num fim-de-semana que se adivinha solarengo.




Mais informações e inscrição nas actividades em:

Qualidade de Basto, EM
Av. Da República
Ed. do Mercado Municipal, 1º
4890-220 Celorico de Basto
Tel: 255 320 250
Fax: 255 320 259
geral@qualidadebasto.pt
http://www.qualidadebasto.pt/

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Biopesticidas no Biosfera

Fica aqui a excelente peça efectuada pela equipa do melhor programa da televisão portuguesa, Biosfera, sobre o curso de biopesticidas e biofertilizantes que realizámos em Novembro último. Foi um verdadeiro sucesso, tanto em participação (esgotou), como na qualidade do orador, o André Silva, que é um óptimo comunicador, transmitindo confiança, pela experiência de campo que tem nesta área. Neste vídeo o André, com a ajuda da nossa Raquel, fala sobre os diversos preparados, como podem ser feitos, e a sua forma de actuação.
Entretanto estamos já a organizar datas para este ano, pelo que devem ficar atentos aqui ao sítio para serem os primeiros a saber.


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Poda de limonete

Estámos nesta altura do ano a cumprir a gigantesca tarefa anual de poda de milhares de limonetes ou lúcia-lima (Aloysia triphylla), a nossa cultura principal. Já passaram quase duas semanas desde o início dos trabalhos e ainda vamos a meio da tarefa... Alguma chuva pelo meio, que atrasou tudo, enfim, vicissitudes da vida de um agricultor. Chamo a atenção para a altura de corte, fundamental para assegurar uma boa produção de material verde durante a próxima época de colheita.

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Fruteiras silvestres

Pormenor do nosso campo de produção de alecrim e erva-cidreira, com alcachofras (Cynara scolymus), Roselhas (Cistus albidus) e Rosmaninho-verde (Lavandula viridis) pelo meio, e imagens do nosso pequeno pomar de fruteiras silvestres, que asseguram alimento importante às nossas amigas, aves insectívoras, nas piores alturas do ano, em que os insectos escasseiam. De realçar a incrível floração dos abrunheiros-bravos (Prunus spinosa), já raros na flora de Portugal, bem como de outras espécies, que compõem o nosso 'condomínio de luxo' para aves e répteis. Importante o papel dos Zimbros (Juniperus communis) na oferta de abrigo para nidificação das aves mais pequenas, bem como a várias espécies de aranhas.

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Seminário “A Importância da Matéria Orgânica na Agricultura Biológica”

Fui convidado, enquanto orador, para participar neste seminário, vocacionado para agricultores, no próximo dia 13 de Março de 2009, no auditório da central de valorização orgânica da Lipor. Deixo aqui o programa da sessão para os interessados.

Programa

9.00h – Entrega de documentação
9.30h – Sessão de abertura
Agrobio*
Interbio*
Agridin*
9.45 0h – A Importância da Matéria Orgânica na Agricultura Biológica
Moderador: José Martino
Enquadramento
Manuela Costa, Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte – DRAPN
Apresentação de Casos Práticos:
Jorge Ferreira, Agro-Sanus, Lda.
Luís Alves, Cantinho das Aromáticas
10.45h – Coffee break
11.00h – O Papel da Certificação
Susana Santos, SATIVA
NUTRIMAIS para Agricultura Biológica – um produto Lipor
Júlia Oliveira, Lipor
11.40h – Debate
12.30h – Sessão de Encerramento
Luís Vieira – Secretário de Estado Adjunto da Agricultura e das Pescas (a confirmar)
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* Orador a confirmar
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Para mais informações contactar:
Dra. Andreia Ferraz
Tel.: + 351 22 977 01 00
Fax: + 351 22 975 60 38
andreia.ferraz@lipor.pt

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EXOTICA NATURALIA - Curso sobre matérias-primas exóticas

Uma das consequências mais importantes do estabelecimento de relações comerciais permanentes entre Portugal e o Oriente foi o acesso directo a matérias-primas e a objectos raros e preciosos. No início do século XVI, circulavam nos mercados europeus mercadorias exóticas como não acontecia desde que o Império Romano do Ocidente sucumbira às invasões bárbaras. O interesse por produtos orientais nunca desaparecera, mas a ausência de redes comerciais estáveis não permitia a manutenção de mercados organizados.

Durante a Idade Média, a Exotica que chegava à Europa, via Constantinopla e Alexandria, era rara e dispendiosa. As alterações sociais provocadas pelas Cruzadas estimularam o interesse por produtos orientais e os comerciantes de algumas cidades italianas, como Veneza e Génova, responderam à crescente procura de especiarias e produtos de luxo. Contudo, foram os Portugueses que, após o regresso de Vasco da Gama, abriram, de facto, os mercados europeus aos produtos orientais. Durante todo o século XVI, a cidade de Lisboa foi um centro europeu de comércio para o qual convergiram emissários de monarcas, nobres e pensadores procurando Exotica Naturalia e Artificialia que respondesse às suas crescentes necessidades materiais, filosóficas e religiosas.

Exotica Naturalia vai estudar as principais matérias-primas orientais que chegavam à Europa via Mediterrâneo ou através da Via Orientalis, dominada pelos Portugueses.
O curso foi dividido em três módulos independentes:

Módulo I – Species
Neste módulo explorar-se-á a história das especiarias (grãos-do-paraíso, pimenta-da-etiópia, pimenta-branca, pimenta-preta, pimenta-cubeba, pimenta-longa, canela-da-Batávia, canela-de-saigão, canela-do-ceilão, cravinho, maça, noz-moscada, cardamomo, amomo, açafrão, açafrão-das-índias, etc.) desde a Antiguidade até ao século XIX, com especial ênfase no papel desempenhado pelos Portugueses no seu comércio e difusão. Para além dos aspectos históricos, analisar-se-á a sistemática das plantas produtoras de especiarias, os compostos químicos característicos de cada espécie, a composição dos seus óleos essenciais e as suas aplicações contemporâneas.
Serão apresentadas centenas de imagens e amostras de todas as especiarias estudadas e serão distribuídos bibliografia e outros materiais de apoio.

Módulo II – Vegetalia
Neste módulo estudar-se-á a história dos principais produtos orientais de origem vegetal (excluindo as especiarias) como, por exemplo, chá, sândalo, ébano, ruibarbo, cânfora, cocos-do-mar, índigo, algodão, pau-de-águila, mirra, incenso, gamboge, assa-fétida, goma-arábica, benjoim-do-sião, benjoim-da-samatra, sangue-de-dragão-de-socotorá, laca-da-china, laca-do-japão, etc.
Para além dos aspectos históricos, analisar-se-á a sistemática das plantas produtoras destas matérias-primas e as suas aplicações contemporâneas.
Serão apresentadas centenas de imagens e amostras de todos os produtos estudados e serão distribuídos bibliografia e outros materiais de apoio.

Módulo III - Animalia – Mineralia
Neste módulo estudar-se-ão as principiais matérias-primas exóticas de origem animal e mineral, como, por exemplo, púrpura, seda, âmbar-cinzento, tartaruga, pérolas, madrepérola, corno de rinoceronte e de unicórnio, marfim (olifante, mamute), avestruz, náutilus, almíscar, pedra-bezoar, lacre, lápis-lazúli, safiras, rubis, diamantes, entre outros.
Analisar-se-á a relevância destes objectos nas Câmaras de Maravilhas renascentistas e o seu papel no estabelecimento dos modernos museus. Estudar-se-ão, igualmente, aspectos relativos à sistemática das espécies animais, aplicações contemporâneas dos produtos de origem animal, assim como o seu estatuto legal de conservação.
O estudo das gemas orientais será efectuado com base em imagens e bibliografia.
Serão apresentadas centenas de imagens e amostras de todas as especiarias estudadas e serão distribuídos bibliografia e outros materiais de apoio.

Coordenador: Luís Mendonça de Carvalho, professor-adjunto no Instituto Politécnico de Beja e director do respectivo Museu Botânico; professor convidado na Universidade de Harvard.

Datas:
1º curso: 4 Abril, 9 Maio, 6 Junho
2º curso: 18 Abril, 23 Maio, 20 Junho
Horário: 14.00-18.00
Público-alvo: Adultos

Preço: € 120,00/três módulos (três sessões)
Nº de participantes: Mín. 12, máx. 16

Mais informações aqui:

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Seminário “Conservação e Gestão do Endemismo Alcar-do-Algarve”

Desde 2005, um grupo de investigação do Centro de Desenvolvimento de Ciências e Técnicas de Produção Vegetal da Universidade do Algarve tem estudado a influência de factores como o fogo e a desmatação na regeneração das populações do endemismo algarvio Tuberaria major, no âmbito de um projecto financiado pela FCT e pelo Programa Operacional Ciência e Inovação 2010, comparticipado pelo fundo comunitário europeu FEDER. Com o Seminário Conservação e Gestão do Endemismo Alcar-do-Algarve, a 25 de Março de 2009, pretende-se não só divulgar os principais resultados do projecto, especialmente nos eixos da avaliação demográfica, dos efeitos do fogo na germinação e da desmatação na manutenção das populações de T. major, mas também contribuir para um debate mais alargado sobre políticas de conservação da natureza e estabelecer pontes com o sector económico, nomeadamente com o da produção/utilização de plantas ornamentais.

Programa aqui:

Ficha de inscrição aqui:
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Contactos:
Universidade do Algarve
Centro de Desenvolvimento de Ciências e Técnicas de Produção Vegetal (CDCTPV)
Tel: +351 289 800900 ext:7503
Local: Campus de Gambelas - Auditório Verde, edifício 8

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Campo de equinácea

Já não pegava na máquina de filmar há meses. Agora que necessitei dela, encontro um pequeno rebuçado lá dentro. Um belo pormenor da primeira colheita de 2008 de equinácea (Echinacea purpurea), nos nossos campos de produção. É tão bonito, que até 'magoa' os olhos!!! Graças a ele, temos muitas borboletas há muito tempo não avistadas nas redondezas. Uma boa quantidade destas plantas estará já a circular o mundo, fazendo parte de medicamentos, cosméticos, rebuçados, infusões, quem sabe?!!!
Tenho que filmar estes pormenores mais vezes, se houver tempo...

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E agora de São Tomé e Príncipe...

Pois é, na vida há destas incríveis coincidências. Tenho África à perna, mal regresso ao trabalho e recebo uma agradável visita de gentes deste paraíso na terra que é São Tomé e Príncipe. Estão no nosso país para uma troca de experiências na área da educação ambiental, e com excelentes anfitriões, por sinal, o Parque Biológico de Gaia. Tiveram a amabilidade de nos visitar, e nós gostámos. Voltem mais vezes!!!


A minha querida amiga, Engª Maria Domingas, que classifico carinhosamente de "Força da Natureza"!!!

Um simpático grupo de belas santomenses

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Água tónica

Temos em Portugal algum refrigerante com o nome de uma planta?!! Em Angola existe um, muito bom para apreciadores do género!!! E esta, hein...

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