Plantas aromáticas, medicinais e condimentares

Que manhã em grande, de festa e diversão!!! Levei plantas para todos e regressei absolutamente “lambido” de beijos e com alguns ossos deslocados dos abraços. Mas sobrou muito recheio, com uma despedida emocionada do Jorge Gabriel e das empregadas de limpeza, uma longa conversa com o Hélder (que também adora plantas!!!) e uma Serenella que apetecia trazer para casa e oferecer à minha filha (parecia uma boneca!!!). E ainda tive que dançar com a taróloga residente.....

Um final da rubrica em grande, com o indispensável abraço a este personagem mítico da música popular Portuguesa, Quim Barreiros!!! Ahhh, quantos concertos assisti, ainda jovem estudante, deste grande acordeonista!!! Deixa-me ir à cozinha...

E na última edição da Praça antes do Verão, a participação empenhada de alguns colaboradores regulares, deixando alguns conselhos úteis para o Verão. É uma altura sempre complicada para as nossas plantas (mais para uns do que para outros!!!) porque acabam por sofrer bastante com os nossos "esquecimentos". Decidi variar e implementar alguma "cultura de Verão" e o hábito de envolver as crianças no jardim. Ofereci uma hortelã-pimenta (planta fácil) ao Jorge Gabriel, na esperança que em Setembro ainda o seja!!! A ver vamos!!! Um vídeo muito divertido, a não perder!!!

Todos os pormenores importantes a ter em conta nesta importante decisão, que é colher e secar as preciosas plantas, que tanto prazer nos deram a produzir. Esta é uma das melhores alturas do ano para o fazer, já que muitas delas se apresentam completamente desenvolvidas e com maior concentração de princípios activos (altura em que apresentam sumidades floridas e/ou flores). A seguir a visionar o vídeo, toca a ir a correr para o jardim, varanda ou floreira, colher o que houver e disfrutar a seguir. Não se esqueçam que é essencial seguir os procedimentos indicados em todo o processo para que mais tarde as plantas se apresentem com elevada qualidade, fundamental, numa bela infusão, cozinhado, banho, etc.

Comprei este livro há uns tempos e ando a tentar lê-lo aos poucos: Animals and Psychedelics: The Natural World and the Instinct to Alter Consciousness . E agora alguém me envia um vídeo que já passou algumas vezes na televisão e que o resume, pelo menos em parte. A embriaguez animal acontece por causa da Marula (Sclerocarya birrea), uma árvore de porte médio, originária das savanas da África do Sul e da região da África oriental, cujo fruto é utilizado no fabrico do licor de Amarula. E não só, como muitos animais já descobriram. Vale a pena ver.

Totalmente dedicado às plantas dos Açores e inspirado na realidade da ilha do Pico, eis que dedico este vídeo às gentes do arquípelago e aos maravilhosos amigos que por lá fiz, nos últimos anos. Tento retratar a questão das plantas invasoras e salientar a urgência da conservação da maravilhosa Laurissilva ou floresta de lauráceas, exclusiva da Macaronésia e única no mundo. Proponho, como muitos Portugueses, que deixe de se usar a Hidrângea ou Hortênsia (Hydrangea sp.) como símbolo local (planta introduzida), não porque não goste desta planta, até porque gosto muito, mas sim porque gosto muito mais de muitas outras que já lá estão há milhares de anos, são únicas, encontrando-se em risco de extinção, se não as usarmos como símbolos, entre outras estratégias.

Tive o privilégio de passar uma semana, embora em trabalho, nesta fantástica ilha que é o Pico, com a sua paisagem negra e agreste. Esta é a segunda maior ilha dos Açores, a mais recente em termos geológicos, contando apenas com uma população de cerca de 14.000 habitantes. Curiosamente é onde se encontra a mais alta montanha de Portugal e a terceira maior a emergir do atlântico, com 2351 metros de altitude. Faz parte do chamado “triângulo”, juntamente com o Faial e São Jorge, entre as quais as ligações por barco, graças à proximidade, são mais frequentes. O verdadeiro paraíso… Em Portugal! Recentemente, a National Geographic Traveler elegeu as ilhas dos Açores como um dos melhores destinos turísticos do mundo. A paisagem das Vinhas do Pico obteve em 2004 a classificação de Património Mundial da UNESCO, como reconhecimento do seu carácter único. Vinhas cultivadas em chão de lava, envoltas por muros de pedra solta - chamados currais -, que protegem do vento marítimo, mas deixam entrar o sol necessário à maturação. Alguns dizem que se estes muros fossem todos alinhados, dariam duas voltas ao planeta pela linha do equador!!! A diversidade da fauna e flora aqui presente está associada a uma abundância de espécies e comunidades endémicas, muito raras e com estatuto de protecção. A história da vinha e do vinho do Pico leva-nos a recuar ao século XV (1460), data em que se iniciou o povoamento da ilha. Terá sido Frei Pedro Gigante, pároco da primeira comunidade da ilha, a plantar as primeiras videiras. No entanto, foi a comunidade vinda do Faial, proprietária da maior parte das vinhas, que iniciou o ciclo do vinho no Pico. O lugar é seco, com boa exposição solar, que aquece o manto de lava, sendo o calor libertado durante a noite, criando as condições óptimas para o amadurecimento das uvas, gerando vinhos de grande qualidade. Esta comunidade prosperou, exportando para várias partes do mundo, incluindo a Rússia, onde os Czars eram grandes apreciadores do requintado néctar!!! Fruto desta prosperidade, construíram-se inúmeros solares junto à costa, com os respectivos armazéns e lagares. Muitos destes solares encontram-se hoje em ruínas, restando apenas alguns armazéns e adegas, entretanto convertidos em casas de veraneio. No século XIX surgiram grandes vagas de oídio, a produção de vinho caiu drasticamente, as casa ricas do Faial que tinham como principal fonte de rendimento a produção de vinho, viram-se obrigadas a largar as vinhas, vendendo-as ao desbarato. Como o povo tinha que sobreviver, as antigas vinhas deram lugar a pequenas hortas e serrados, onde se passou a cultivar milho, batatas, inhames, etc. Neste processo, os homens foram amontoando as pedras de forma organizada, construindo enormes “maroiços” (montes de pedra), hoje parte integrante da paisagem e património protegido. Novas castas como Arinto, Boal, Fernão Pires ou Terrantez começam a ser cultivadas, ficando o verdelho reduzido às zonas mais privilegiadas para a produção deste tipo de uva. Surge a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico na década de cinquenta, trazendo o renascer do culto do vinho. Neste momento todo o original património vinhateiro enfrenta alguns problemas graves, tais como a manutenção da forma original das vinhas, extremamente trabalhosa, a pouca mão-de-obra existente e o seu elevado custo, tornando este tipo de produção praticamente inviável. A ausência de jovens e de novos projectos agrícolas inovadores poderá tornar-se um obstáculo a curto prazo. Quanto aos vinhos, alguns deles recentemente premiados, provei vários e alguns deles passarão a fazer parte da minha modesta garrafeira. Vá para fora cá dentro…

Ilhéu em pé. Há uns anos atrás estive para naufragar contra este ilhéu, numa quase trágica noite de Verão. Foi uma aventura com final feliz. Talvez um dia conte aqui esta deliciosa história...

Ilhéu deitado

Está a decorrer o 5º Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, este ano o tema é a Arte nos Jardins. Fui com a Serenella Andrade fazer a cobertura do dito, numa absoluta estreia pessoal a fazer exteriores com a RTP. Apesar da minha inexperiência, penso que até correu bem, a simpatia contagiante da Serenella, bem como a elevada competência de toda a equipa da RTP, contribuiram para que estivesse perfeitamente à vontade. Fica aqui o registo. E o festival é um sucesso, cada ano com um maior número de participantes, nacionais e internacionais, nesta lindíssima Vila, que é Ponte de Lima. Até 31 de Outubro.


Contactos:
Município de Ponte de Lima
Praça da República
4990-062 Ponte de Lima

Tel. 258 900400
Fax. 258 900424

festivaldejardins@cm-pontedelima.pt
http://www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt/

A empresa Competir, Formação e Serviços S.A., em parceria com o Cantinho das Aromáticas e a Raízes, vai dar início em Julho próximo a um Curso de Educação e Formação de Adultos (EFA), sob o tema: Operador/a Agrícola – Horticultura/Fruticultura Biológicas, com a duração de 2360 horas. Este curso tem dupla certificação:

Será em horário laboral e os destinatários são:

Os formandos tem direito aos seguintes subsídios:

Competir

Edf. Green Center

Av. da Boavista, nº 1357 – 3º Andar

4100 – 130 Porto

Tel. 226 007 757

Fax. 226 007 758

Telemóvel. 918 683 789

Infestantes, ervas daninhas, são todas as plantas que se desenvolvem nos locais onde não as desejámos. Esta é a altura do ano em que reinam nos nossos jardins e campos de cultivo, muitas vezes causando desespero e prejuizos económicos e morais. Ficam algumas fotos das inúmeras espécies que habitam a nossa quinta e o vídeo com a sua identificação e formas de controlo.

Após uma bela sardinhada em Matosinhos, que em muito contribuiu para enaltecer os laços de amizade e companheirismo já existentes, Cantinho das Aromáticas e Raízes decidiram realizar todos os Sábados, das 10H00 às 18H00, uma banquinha de legumes e fruta Bio, enriquecendo a já diversa oferta de produtos ao público. Não percam a oportunidade de adquirir produtos bio fresquinhos e da possibilidade de acabarmos todos noutra bela comezaina!!! Cá vos aguardámos!!!