O tamanho conta
No vasto mundo das
malaguetas, o tamanho conta. É verdade. Quanta mais pequeno é o
fruto, mais picante é a experiência, na escala do dito e que no
limiar é considerado um desporto radical. Como demonstrou o mestre
jardineiro de Serralves, quando há uns anos lá fui encarregado dos
jardins.
Senhor dos seus mais de
70 anos, aquele era o dia de colher das pequenas, de mãos nuas. De
repente, a súbita vontade de por ali num canto fazer xixi, que a
bexiga estava cheia e a próstata já não andava boa…
Eis que
desata a correr desalmadamente avenida adiante, de tal forma que
achei que teria batido um recorde sénior qualquer. Afinal aprendeu
uma coisa nova nesse dia, não se colhem malaguetas pequenas para
depois se contactar com as partes mais sensíveis do nosso corpo logo
a seguir, porque faz arder e muito!!!
Também conhecidos por chili, gindungo ou piripiri, existem diversas espécies e centenas de variedades (C. annuum; C. frutescens; C. baccatum; C.chinense; C. pubescens), uns mais doces, aos quais chamamos pimentos, outros mais picantes.
Os portugueses
contribuíram para a globalização destas plantas, que transportámos
das Américas e distribuímos pela África e pela Ásia. Enquanto os
doces se difundiram em todas as latitudes como plantas hortícolas
passando a ser consumidos assados, fritos ou crus em salada, os
picantes afirmaram-se sobretudo nas regiões tropicais. No Oriente,
apesar do consumo regular de especiarias, atingiram grande difusão,
de tal forma que são fundamentais na preparação do caril, tal como
o conhecemos hoje. Para adquirir, clique aqui.
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