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Novo habitante da Quinta!!! Um garrano nasceu!!!

Novo habitante da Quinta, acabado de nascer!!! Um garrano macho!!!

 Aqui está o nosso novo habitante, acabado de sair da barriga da mãe!!!

 Não se afastam mais de 1 metro!!! O medo ancestral dos lobos...

 Há leite?!

 Quem é este tipo com um objecto estranho na mão?!

 Huuummmm.... Esta coisa verde, para que servirá?! Gosto do cheiro...

 Mãe, aqueles tipos estranhos com umas armações na cabeça estão sempre a olhar para mim... Pede para se irem embora...

 Espera, então!!!

 Estes equídeos são loucos!!!

 Aqui quem manda sou eu, percebes?!!!

 Gostas dos meus brincos?! Giros, não são?! Pedi em branco, mas não havia... São o último grito em rastreabilidade!!!

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Certificados e Licenças Cantinho das Aromáticas 2011

Desde 2005 que toda a área de exploração do Cantinho das Aromáticas está certificada em modo de produção biológico pela ECOCERT PORTUGAL, para a produção de PAM frescas e secas, bem como para toda a produção de plantas de viveiro, envasadas e em alvéolos, que são vendidas ao público e aos novos agricultores que se iniciam nesta área.



Além disso, desde o primeiro dia em que iniciou a sua actividade em Janeiro de 2002, que tem licença de viveirista e o respectivo passaporte fitossanitário, tal como obriga a lei portuguesa.


O que faz do Cantinho das Aromáticas o primeiro viveiro realmente sustentável de Portugal e também o único do género, por ser verdadeiramente especializado no tipo de plantas que produz!!! Espero que as práticas por nós implementadas e os exemplos que partilhámos ao longo de todos estes anos, possam servir de inspiração a todos aqueles que procuram estabelecer com o seu hospedeiro, a Terra, uma verdadeira relação com futuro!!!

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Novos habitantes da Quinta

Na Quinta, desde que me lembro, sempre existiram um ou mais cavalos. No entanto, há já alguns anos que a última égua partiu, deixando um vazio nos representantes equinos. Agora estão de volta, temos um belo casal de poldros garranos, uma das três raças de cavalos de Portugal, sendo estes os mais pequenos, mas muito resistentes e bonitos. Embora ainda pouco habituados à presença humana, já que se mostram um pouco assustadiços, pudera, são ainda semi-selvagens...

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Melissa-bastarda

Uma das plantas mais raras da flora de Portugal que tenho em cultivo é conhecida, nas poucas zonas onde vegeta como planta espontânea (Gerês, Montesinho) como betónia-bastarda; betónica-bastarda; cideira-bastarda; falsa-cidreira; melissa-bastarda. Apesar das diversas sinonímias, a Melittis melissophyllum é, na minha opinião, uma das mais bonitas labiadas da flora espontânea do nosso país, ocorrendo em matos e prados húmidos e locais sombrios, no meio de carvalhos e outras folhosas. Não sendo difícil de cultivar, exige no entanto muito cuidado na escolha do local, de preferência na sombra de outro tipo de vegetação, em local húmido ou mesmo em vaso, neste tipo de situação. É uma planta delicada e sensível, pelo que exige alguns cuidados adicionais, mesmo no controlo de pragas. As suas flores exalam um forte aroma a mel e as folhas, quando secas, tornam-se também perfumadas, mantendo a fragância por muito tempo. É tradicionalmente utilizada como adstringente, anti-séptica, diurética, sedativa e vulnerária, embora existam poucos estudos abrangentes sobre as suas propriedades medicinais. Tem sido sistematicamente colectada para abastecer uma indústria ervanária crescente mas pouco regulada, o que a torna numa planta ameaçada.
Deixo aqui algumas fotos das suas flores, que são grandes e bonitas, para regalo geral.





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Erva dos gatos

A erva-dos-gatos ou nêveda-dos-gatos (Nepeta cataria) é uma planta autóctone, embora não muito frequente, que surte um fantástico efeito nestes animais que nos fazem companhia. Este pequeno vídeo mostra quão dramático pode ser esse efeito e explica porquê. O meu gato adora esta planta e procura regularmente as suas folhas e flores, que mastiga com prazer. Uma planta obrigatória no jardim, para quem gosta de gatos!!! Disponível aqui.

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Uma enorme coincidência

A Erva-do-caril (Helychrisum italicum) constitui, para os apreciadores de especiarias, uma bela surpresa, pela coincidência impressionante do forte aroma que toda a planta liberta, exactamente igual à mistura de especiarias conhecida como caril, embora menos intenso. Esta mistura é normalmente composta por especiarias moídas. A maior parte das misturas de caril são feitas com 10 a 20 ou mais especiarias, não existindo uma fórmula padrão. A cor amarela resulta da utilização de açafrão moído. Os ingredientes mais importantes do caril são: gengibre, cardamomo, cominhos, pimenta, coentros, pimenta-da-Jamaica e sementes de feno-grego. São também utilizadas especiarias como cravinho, canela, flor de noz-moscada, pimenta-de-caiena, paprica, assim como leite de coco em pó e erva-príncipe. Depois de sabermos tudo isto, e após cheirarmos a nossa planta, é de ficar impressionado com a enorme coincidência!!!

Ocorrendo como espontânea no nosso país, é muitas vezes confundida com uma espécie semelhante, designada por perpétua-das-areias (Helychrisum stoechas).
Várias subespécies desta planta ocorrem no Mediterrâneo, algumas das quais em Portugal, principalmente em habitats junto ao litoral, em toda a nossa costa. São plantas muito bonitas, que apesar da rusticidade dos seus habitats, mantêm sempre uma folhagem cinzenta, atraente, e flores ‘semprevivas’. É impossível que passem despercebidas quando atravessámos as dunas e sentimos no ar o seu forte aroma a caril.

Arbusto perene, atingindo uma altura de 60 cm e um diâmetro de 80-100 cm, extremamente rústico e adaptável às piores condições de aridez no nosso clima, apresenta floração abundante e duradoira, de cor amarelo forte, entre Junho-Setembro. tolera temperaturas negativas.

Como ornamentais, constituem óptimas alternativas para sebes e bordaduras, ou para jardins públicos e privados próximos do mar ou em zonas de interior com baixa pluviosidade.

É muito frequente observar que junto às praias, ainda se continua a plantar o tradicional chorão, cuja propagação e comercialização está proibida pela legislação nacional, pelo facto de serem plantas invasivas e devastadoras destes habitats. Também se plantam com frequência espécies totalmente desadequadas por não se adaptarem à proximidade do mar. Esta espécie, bem como outras autóctones, já lá existem há milhares de anos!!! E cada uma mais bonita do que a outra!!!

Gosta de solos bem drenados, secos, bem expostos ao sol. Muito sensível ao excesso de água no solo, acabando as plantas por morrer em situações de má drenagem. Deve ser severamente podada no final do Verão, após a floração, para manter rebentos jovens e vigorosos.

Sensível ao oídio e a podridões radiculares. Evitar regas molhando as folhas e o excesso de água no solo. Caracóis e lesmas podem provocar alguns estragos nas plantas jovens.

Utilizam-se as folhas e flores. Devem ser obtidas frescas, uma vez que perdem a sua delicada fragrância quando secas. O seu óleo essencial é utilizado no tratamento de cicatrizes e de lesões musculares e encontra-se na composição de diversos produtos de tratamento utilizados por atletas de alta competição, bem como de diversos cosméticos há venda em lojas da especialidade por todo o país. Tem propriedades anti-microbianas, anti-inflamatórias e antioxidantes. Existe pelo menos uma plantação com fins comerciais no nosso país, que visa a produção da planta seca para exportação.

As suas folhas são utilizadas em culinária, para adicionar a saladas e pratos de arroz, dando um leve e agradável sabor a caril.

Para comprar esta planta, clique aqui.

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Tomilho Bela-luz – um endemismo ibérico


O Thymus mastichina, também conhecido como sal-puro, é o mais fantástico de todos os tomilhos que conheço. Com o seu aroma fresco, forte e canforado, é uma planta exclusiva da Península Ibérica, um endemismo ibérico.

Existem vários estudos científicos sérios sobre a composição dos óleos essenciais desta planta, nacionais e internacionais, mas infelizmente é ainda um recurso genético menosprezado no nosso país, o mesmo não acontecendo na vizinha Espanha, onde é largamente colhido para a indústria dos óleos essenciais, que os consomem um pouco por todo o mundo, por isso lhe chamam ingleses e franceses tomilho espanhol.

Vive em solos pedregosos, arenosos, em matos. Coloniza bordaduras e taludes de estradas, campos de cultivo abandonados, um pouco por todo o país. Como planta ornamental, tem um enorme potencial, pois é arbustivo, de porte mais elevado do que a maioria dos tomilhos e na altura da floração produz abundantemente umas cabeças esféricas carregadas de pequenas flores brancas, que lhe dão um encanto especial.

Pode atingir uma altura de 40-70 cm e largura equivalente. Tolera temperaturas negativas. É perene, extremamente resistente às condições mais adversas do solo e clima. A floração ocorre de Maio a Setembro.

Gosta de solos bem drenados, expostos ao sol. Não gosta de excesso de humidade, podendo esta levar à sua morte. É fundamental que seja podado várias vezes ao ano para que se mantenha forte e vigoroso, caso contrário lenhifica muito na base e acaba por ficar muito feio ou morrer precocemente. Vive bem ao nível do mar.

Após vários anos de cultivo, nunca apresentou sintomas de qualquer praga ou doença. Adapta-se perfeitamente ao cultivo em vasos e floreiras e ao convívio com outras plantas, desde que esteja sempre ao sol, condição essencial para crescer vigorosamente.

Toda a planta pode ser utilizada. Considerado digestivo e expectorante, tem propriedades anti-sépticas e anti-inflamatórias. Muito utilizado em aromaterapia como relaxante, desinfectante, promotor do sono, a inalação dos vapores após infusão das folhas ajuda a descongestionar as vias nasais. A infusão bebida tem resultados óptimos nas constipações e gripes.

As folhas são usadas em culinária para adicionar a pratos de carne, mas também a enchidos, queijos, arroz, etc. O seu óleo essencial é utilizado na indústria alimentar para aromatizar sopas e preparados de carne.

Substitui eficazmente o sal na alimentação. Devido às suas propriedades relaxantes, o óleo essencial não deve ser utilizado antes de conduzir ou noutras actividades que exijam concentração.
Não posso deixar de mencionar o meu grande professor de herbologia, Prof. José Ribeiro, que encantava os alunos com os seus relatos entusiastas sobre as suas propriedades condimentares, que considero tão ricas, que todas as carnes, enchidos, queijos e vinhos velhos lá em casa, são consumidas utilizando um pouco de bela-luz.

Inigualável no mundo dos tomilhos e incomparavelmente superior, é nosso, é português, vale a pena conhecer. Disponível aqui.

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Plantas autóctones

Perdemos já 1/8 de todas as plantas com as quais partilhámos o planeta: um pensamento que perturba qualquer pessoa. Existem sete vezes mais plantas ameaçadas do que animais nas mesmas condições, ainda assim muito mais dinheiro é gasto em programas de conservação de animais. Nos Estados Unidos, 97% do investimento federal em planos de conservação é gasto em programas de conservação animal e só 3% é gasto com programas de conservação de plantas.
O comércio de plantas ameaçadas continua em muitas partes do mundo, No nosso país é ainda prática corrente a colecta de populações espontâneas destas plantas, o que tem vindo a contribuir para a degradação de ecossistemas e o gradual desaparecimento de algumas espécies. Nos países desenvolvidos as normas de qualidade e os custos de mão-de-obra tem contribuído para o fim da colecta local de PAM, dando lugar à sua importação de países em vias de desenvolvimento.
Entre a comunidade botânica e científica, hortícola e comercial, e o público em geral, possuímos os conhecimentos, o entusiasmo e a habilidade para cultivar e conservar estas plantas. Mas, mais importante, precisamos de ter a vontade.
Horticultores, viveiristas, paisagistas, técnicos de espaços verdes, e todas as pessoas em geral, devem ter consciência que a preservação das plantas deve ter um significado especial. A procura de plantas para jardim foi, e ainda é, uma ameaça para as plantas selvagens, e este é um problema que a comunidade hortícola pode ajudar a resolver. Os conhecimentos de quem faz propagação de plantas e as suas colecções podem contribuir para os esforços de preservação de plantas ameaçadas, mas para que os seus esforços tenham algum valor a longo prazo, são necessários conhecimentos sobre métodos de conservação.
No Cantinho das Aromáticas produzem-se espécies autóctones, algumas delas já raras no estado selvagem. Procura-se transmitir este conhecimento às pessoas que as levam para casa, de forma a poderem valorizar recursos genéticos que são também património cultural da humanidade, podendo assim contribuir para a sua preservação. Entre estas plantas encontram-se:

  • Alfazema-de-flor-branca (Lavandula viridis); é um endemismo ibérico, ocorre na serra de monchique e é incrivelmente perfumada e bonita.


  • Alfazema-de-folha-recortada (Lavandula multifida); outro endemismo ibérico, vive em areia, na Serra da Arrábida e é a mais pequena das Lavandulas de Portugal. Tem um forte aroma característico, absolutamente distinto das outras alfazemas, que faz lembrar orégãos. Está em flor todo o ano. Lindíssima pelo fino recortado das suas folhas e pela estrutura delicada das flores.


  • Aquilégia (Aquilegia vulgaris); Ocorre cada vez menos, muito por culpa da excessiva utilização de herbicidas, esta delicada herbácea possui uma das flores com arquitectura mais complexa da flora de Portugal.


  • Arméria (Armeria marítima); Vive nas dunas, frente ao mar. No nosso jardim ou floreira tem um comportamento espantoso já que precisa de muito pouco para viver e oferece em troca um grande número de flores cor lilaz.


  • Arméria-de-flor-branca (Armeria pseudoarmeria); com folhas mais largas, forma também tufos dos quais brotam inúmeras flores brancas.


  • Betónica (Stachys officinalis); Esta pequena herbácea está muito esquecida. É uma excelente opção até para zonas mais húmidas e sombrias do jardim. Produz inúmeras flores muito bonitas.


  • Cardo-marítimo (Eryngium maritimum); no nosso país os cardos são normalmente desprezados, o que não acontece onde as pessoas gostam mais de plantas do que nós. Os cardos são óptimos para jardins, pela sua floração de cor intensa e até pela sua faceta anti-vandalismo!!!


  • Erva-peixeira (Mentha cervina) planta rara que ocorre em zonas húmidas do nosso país. Ainda é utilizada para preparar alguns pratos fantásticos, como os famosos peixinhos do rio, servidos na foz do rio Sabor;

  • Fidalguinhos (Centaurea cyanus); rara também pela excessiva utilização de herbicidas entre outros factores, é uma belíssima flor silvestre.

  • Hortelã-de-cabra (Cedronella canariensis); exclusiva das ilhas Canárias e da Madeira, é um arbusto semelhante ao limonete, cujas folhas exalam um forte e agradável aroma perfumado. Possui floração abundante e pertence à minha família de plantas favorita, as labiadas. É rara.


  • Marióilas (Phlomis fruticosa); possui folhagem cinzenta esbranquiçada e produz inúmeras flores amarelas durante todo o Verão. Vive com muito pouca água e é um arbusto magnífico para qualquer jardim. Pouco frequente no nosso país.


  • Nêveda-dos-gatos (Nepeta cataria); Além de ser uma das plantas favoritas dos gatos, esta linda planta herbácea possui cachos de flores brancas extremamente atractivas para insectos melíferos. Muito rara em Portugal.

  • Rosmaninho-maior (Lavandula pedunculata); Comum em Portugal, apresenta no entanto um pedúnculo mais comprido do que aqueles que são normalmente vendidos nos centros de jardinagem, além de ser também mais resistente a condições adversas.


  • Saganho-mouro (Cistus salvifolius); Muito comum no país e geralmente menosprezada. Quando bem cuidada, no jardim, resulta absolutamente espectacular, pela abundância de flores que produz.


  • Santolina (Santolina rosmarinifolia); uma excelente alternativa a outra espécie muito utilizada em jardins, a Santolina chamaecyparissus, pelo seu maior porte, cor verde intensa e floração abundante.


  • Teixo (Taxus baccata); Em vias de extinção no nosso país, esta conífera de crescimento lento apenas ocorre no Gerês e também na Serra da Estrela. Alguns exemplares são muito velhos. Não consigo compreender como não é mais cultivado no nosso país, quando por exemplo em Inglaterra é tão utilizado até para constituir sebes.


  • Tomilho bela-luz (Thymus mastichina); Um endemismo ibérico, o mais fantástico de todos os tomilhos, também conhecido como sal puro por ser utilizado tradicionalmente para este substituir na alimentação.


  • Tomilho-canforado (Thymus camphoratus); Vive nas dunas, é raro, de cheiro e sabor intenso. Óptimo para cultivar em jardins de baixa manutenção.


  • Tomilho-das areias (Thymus carnosus); Vive nas dunas, é raro, de cheiro e sabor intenso. Óptimo para cultivar em jardins de baixa manutenção.


  • Tomilho-serpão (Thymus serpyllum); Este tomilho, ao contrário dos anteriores, cresce de forma prostrada, criando um tapete, que pode ser uma excelente opção para zonas secas ou pedregosas, apiários, taludes, etc. Quando em flor quase deixámos de ver o verde das folhas e caules, tal é a sua abundância.

A lista com todas as espécies autóctones que produzimos está disponível aqui: http://spreadsheets.google.com/pub?key=p554TJXokm9_8DjE4wBZ-YQ

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