Balsamita

Uma das mais antigas e invulgares plantas da colecção botânica do Cantinho das Aromáticas é a balsamita (Tanacetum balsamita). 
 
Em Inglaterra é conhecida como alecost. Era a planta favorita dos cervejeiros medievais, antes da introdução do lúpulo (Humulus lupulus), para dar sabor à cerveja (ale).
 
As folhas eram adicionadas ao mosto no final do processo de fermentação para clarificar, dar sabor e preservar a cerveja, além de dar corpo e produzir mais espuma.
 
Apesar das suas inúmeras virtudes, esta planta e os seus usos encontram-se praticamente esquecidos.
 
Fácil de cultivar, prefere uma boa exposição solar e solo bem drenado. É habitualmente uma planta perene, mas pode assumir um comportamento vivaz em anos mais frios. 
 
Produz folhas em abundância, quando esmagadas libertam um fortíssimo aroma a cânfora (Cinnamomum camphora). O seu cultivo em hortas e jardins resulta muito repelente de pragas, já que a planta tem propriedades insecticidas. 
 
As folhas secas retêm bem a sua fragrância e por isso são excelentes para produzir pot-pourri. As folhas cruas podem ser picadas e adicionadas com parcimónia a sopas e saladas. A infusão é deliciosa!
 
Um dos usos mais curiosos desta planta: as folhas utilizaram-se até ao século XIX como marcador de página na leitura da Bíblia, razão pela qual os anglo-saxónicos também conhecem esta planta por bible leaf ou bible plant.
 

 

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