Luta contra a discriminação sexual nos Loureiros
Hoje coloco à vossa disposição os meus préstimos enquanto consultor sexual botânico. Gostaria com este contributo, de ajudar na luta contra a discriminação sexual de que são alvo os loureiros-fêmea (Laurus nobilis).
A identidade de género é fundamental no mundo das plantas. É muito importante que percebam que o loureiro é uma espécie dióica, quer isto dizer que existem indivíduos masculinos e indivíduos femininos.
Só as plantas femininas produzem frutos, umas bagas semelhantes a azeitonas, pretas e brilhantes quando maduras, no interior das quais se encontram as sementes.
Os machos também produzem flores, habitualmente entre Fevereiro e Abril, mas não produzem frutos, servem apenas para polinizar as flores dos indivíduos femininos.
É surpreendente a quantidade de pessoas que sabem que existe o loureiro-macho e a “loureira”, ou loureiro-fêmea, e que afirmam, COMO SE FOSSE MESMO VERDADE, que só o macho é que tem cheiro e que a fêmea não cheira a nada…
Convém acrescentar que tenho anos de experiência nesta matéria, vivo rodeado de centenas de loureiros, machos e fêmeas.
Além disso, é frequente a confusão do loureiro com outras espécies, como o azereiro (Prunus lusitanica) ou o loureiro-cerejeira (Prunus laurocerasus), que por não libertarem qualquer cheiro, passam tantas vezes por loureiro-fêmea.
De uma vez POR TODAS, no mundo dos loureiros, machos e fêmeas, libertam todos um maravilhoso aroma a… LOUREIRO!
Ou seja, independentemente do sexo, nos loureiros O QUE IMPORTA É O CHEIRO! Dá que pensar, não dá?!
Nos seres humanos, independentemente do sexo, O QUE IMPORTA É O AMOR. Temos tanto a aprender com as plantas…
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