Voluntariado no Cantinho no telejornal da SIC
Bela reportagem esta do telejornal da SIC, que mostra a maravilhosa faceta do nosso voluntariado e dos diversos amigos que ao longo dos anos nos tem ajudado em diversas tarefas.
Atualmente, a agricultura está muito marcada pela transformação que se verificou desde a década de trinta do século passado. É uma herança que decorre do emprego generalizado da motomecanização e de produtos químicos, nomeadamente adubos, herbicidas e fitofármacos.
A hegemonia deste legado tem vindo a ser contrariada por alguns investigadores e agricultores que se tem empenhado em práticas agrícolas com uma base técnica diferente e com objectivos que não se limitam à rentabilização económica das quantidades produzidas. A renovação, antes referida, pretende fundamentar novos objectivos para as práticas agrícolas e contrariar algumas das consequências da agricultura químico-mecânica.
Esta rompeu com as formas de produção que exigiam uma continuada harmonia com a natureza. A especialização e os conhecimentos técnicos impuseram-se igualmente aos saberes locais e tradicionais, ao mesmo tempo que se esbatia a ligação direta e quotidiana entre o cultivador e a planta.
Este relacionamento passou a ser mediado, de modo impessoal e genérico, pelas máquinas e pelos efeitos dos produtos químicos. As plantas, como os animais, passaram a ser apenas produtos a obter, e depois vender ou a consumir. Declinou assim a dimensão mágica e simbólica dos segredos da produção, das plantas e dos animais.
A agricultura social é entendida como a utilização de empresas agricolas - animais, plantas, jardins, floresta e paisagem - como base de promoção da saúde mental e física, assim como da qualidade de vida, de diversos grupos de clientes.
O Grupo de Estudo para a Agricultura Social, da Seção Especializada de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Ambiente, do Comité Económico e Social Europeu, elaborou recentemente um parecer de iniciativa sobre a agricultura social designado "Políticas com Preocupações Ambientais, Sociais e de Saúde", com o objectivo de apoiar a agricultura social na Europa.
A agricultura social desenvolveu-se na Europa desde os finais do século XX como uma nova prática economicamente sustentável, que tem vindo a crescer.
Esta prática assume três vertentes: agricultura multifuncional, saúde pública e inclusão social, que apresentam diferentes formas de organização, de contributos e de metas a alcançar.
A agricultura social destina-se a responder à evolução, às alterações e a problemas específicos da agricultura, dos cuidados de saúde e da sociedade atual, e que, na Europa, se fudamenta nas suas características socioculturais intrínsecas.
As actividades da agricultura social contribuem para o bem-estar e a inclusão social de pessoas atraavés da produção agrícola e da promoção da solidariedade e da entreajuda.
As pessoas com dificuldades de saúde, psicológicas, sociais ou económicas, reencontram-se com uma actividade produtiva e com a natureza, o que contribui para melhorar a sua saúde, facilitar a aprendizagem e o seu conhecimento sobre a natureza, aumentar a autoestima e, consequentemente, a participação na vida social.
No que se refere ao voluntariado no Cantinho das Aromáticas em concreto, os voluntários tem a possibilidade de durante um tempo delimitado passear num jardim produtivo, que é de grande beleza natural e edificada; acresce a isto a possibilidade de encontrar, em dia certo e com hora marcada, um conjunto de pessoas com quem aprendemos ao longo do tempo que quiserem.
Há ainda a oportunidade de no presente experienciar intensamente cheiros, formas e cores e antecipar futuros, naquilo que são os encontros e desencontros da própria vida (iniciar vínculos afetivos, manter ligações e cortar laços afectivos), (re)construindo assim um passado comum.
Já o fazemos há 6 anos com resultados incríveis em muitos daqueles que participaram. Relembro que fomos a primeira empresa agrícola do país a aderir à bolsa do voluntariado.
Objectivos:
Contribuir para o bem-estar de todas as pessoas que quiserem participar.
Equipa técnica:
Luís Alves - agrónomo
Duarte Reis - agrónomo
Luísa Cardoso - agrónomo
Elisabete Couto - agrónomo
População-alvo:
Homens e mulheres adultos, de todos os extratos sociais e económicos
Actividades e estratégias:
Organizado em torno das principais actividades diárias da Quinta (semear, propagar, plantar, regar, cuidar, colher), com uma frequência semanal e com possibilidade de ser frequentado entre as 9,00 horas e as 18,00 horas, a decisão do tempo a frequentar cabe ao voluntário. O grande objectivo é aprender, fazendo, estando para isso permanentemente acompanhado por elementos da equipa de trabalho do Cantinho das Aromáticas.
1 comentários:
:) fantastico!!!
muitos parabens a todos e que o Cantinho seja sempre um cantinho pra todos!!
bjhs e muito sucesso
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