És tão doce


Existem inúmeras espécies e variedades desta planta, só mais recentemente introduzida como ingrediente acessível entre nós. Originária das Américas, a espécie Stevia rebaudiana é cada vez mais utilizada como substituto do açúcar. É notável a capacidade que tem para adoçar, sentindo-se facilmente quando se mastiga uma das suas folhas frescas. 

No entanto, é depois de seca e reduzida a pó que as suas propriedades adoçantes mais se identificam. De tal forma, que pode ser dezenas de vezes superior ao açúcar. Não resiste a altas temperaturas, razão pela qual a sua utilização em doçaria, por exemplo, pode ser limitada. Será uma saudável alternativa a curto prazo ao açúcar refinado.

Os portugueses são dos grandes responsáveis pela globalização dos ingredientes que hoje o mundo consome regularmente. O Infante D. Henrique viu na cana sacarina (Saccharum officinale) uma fonte de financiamento dos seus planos de expansão, organizou com cuidado o seu cultivo nas ilhas. 

Entretanto foi sendo introduzida e cultivada nos novos territórios conquistados. Mais tarde o comércio de açúcar na Europa passou a estar quase integralmente nas mãos dos portugueses. Esta planta foi o sustentáculo do povoamento e da colonização, o “ouro branco” que Portugal usou como moeda na Epopeia dos Descobrimentos.

Com baixo valor calórico, a stévia é já um dos novos ingredientes da cozinha mundial, tendo mesmo ultrapassado um complexo jogo de interesses que visava a sua ilegalização em vários países. Tão fácil de cultivar por cá, quem sabe se não será este o ingrediente sustentáculo da colonização, hoje menos arrojada, da outra metade do nosso país onde não vive quase ninguém?! Para adquirir, clique aqui.

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