Planta portuguesa estudada para controlar Alzheimer
Investigadores portugueses concluíram que extractos de uma espécie autóctone de Salvia, muito presente nas serras d’Aire e Candeeiros, revelam um «enorme potencial» como terapia para melhorar capacidades cognitivas, funcionais e comportamentais em doentes com Alzheimer.
«Vários extractos da espécie de salvia que estudamos provocam inibições bastante potentes de enzimas envolvidas na patologia de Alzheimer», disse à agência Lusa Amélia Pilar Rauter, directora do Grupo de Química dos Glúcidos do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que lidera a investigação com Jorge Justino, presidente do Conselho Directivo da Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS).
Falta agora transformar esses extractos em princípios activos que possam ser usados pela indústria farmacêutica, adiantou. Para já, a investigação demonstrou a acção dos extractos desta espécie de salvia em duas enzimas que controlam a evolução da doença de Alzheimer, o que, segundo Jorge Justino, permitirá não curar mas controlar o desenvolvimento da patologia.
Para os investigadores, o grande potencial da descoberta reside no seu baixo custo, na actividade biológica relevante e na ausência de toxicidade, frisando que até a comum infusão desta planta pode ser usada como terapia na doença de Alzheimer.
«Vários extractos, incluindo a infusão em água (chá), mostraram capacidade para inibir as enzimas acetyl e butirilcholinesterase, envolvidas nas neurotransmissões cerebrais e responsáveis pela progressão da doença de Alzheimer», com a vantagem de os extractos bioactivos revelarem ausência de toxicidade, frisam os investigadores.
Jorge Justino afirmou que existem já no mercado alguns fármacos que inibem as duas enzimas envolvidas nas neurotransmissões cerebrais. Contudo, os investigadores sublinham a «necessidade urgente» da descoberta de novas substâncias «mais eficientes e menos caras que as usadas actualmente».
Os primeiros estudos nesta planta iniciaram-se em 1992, num projecto que há um ano, publicados os primeiros resultados, conseguiu o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e se encontra em fase de registo de patente. A FCT apoia, durante três anos, o estudo da produção agronómica desta espécie de salvia «com vista à avaliação dos seus constituintes para o potencial controlo da doença de Alzheimer».
A ESAS, que tem a seu cargo o estudo da bioactividade dos compostos e a sua toxicidade, está a procurar forma de plantar, em grandes quantidades, recorrendo também à micropropagação, a espécie de salvia em estudo, adiantou Jorge Justino.
A extracção, isolamento e síntese dos compostos da planta tem sido desenvolvida pela equipa liderada por Amélia Rauter, que procura valorizar os componentes desta planta para outras patologias também do foro neurológico.
A Salvia, de que existem mais de 1.400 espécies, é uma das plantas aromáticas e medicinais usadas pela medicina popular um pouco por todo o Mundo, tendo sido já isolados, em algumas espécies, princípios activos associados à actividade cardíaca e antibacterianos, e, noutras, com capacidades insecticidas e fungicidas.
A Salvia miltiorrhiza é activa no combate às células cancerígenas dos pulmões e é usada pela medicina chinesa para tratar diversas patologias, incluindo a insónia, sendo ainda referido o seu contributo para a diminuição do consumo de álcool.
«Os extractos de Salvia fruticosa e Salvia officinalis são conhecidos pela sua actividade anti-oxidante, tendo sido experimentalmente demonstrado que extractos desta última espécie revelam actividades anti-oxidantes, anti-inflamatórias e hipoglicémicas e de aumento da capacidade de memorização, sendo usada pela medicina chinesa para tratamento da doença de Alzheimer», referem os investigadores.
Tendo em conta o conhecimento e a investigação já desenvolvida nesta área, a ESAS submeteu à aprovação da tutela a abertura, no próximo ano lectivo, de um mestrado em Plantas Medicinais com Aplicação Industrial, adiantou Jorge Justino à Lusa.
«Vários extractos da espécie de salvia que estudamos provocam inibições bastante potentes de enzimas envolvidas na patologia de Alzheimer», disse à agência Lusa Amélia Pilar Rauter, directora do Grupo de Química dos Glúcidos do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que lidera a investigação com Jorge Justino, presidente do Conselho Directivo da Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS).
Falta agora transformar esses extractos em princípios activos que possam ser usados pela indústria farmacêutica, adiantou. Para já, a investigação demonstrou a acção dos extractos desta espécie de salvia em duas enzimas que controlam a evolução da doença de Alzheimer, o que, segundo Jorge Justino, permitirá não curar mas controlar o desenvolvimento da patologia.
Para os investigadores, o grande potencial da descoberta reside no seu baixo custo, na actividade biológica relevante e na ausência de toxicidade, frisando que até a comum infusão desta planta pode ser usada como terapia na doença de Alzheimer.
«Vários extractos, incluindo a infusão em água (chá), mostraram capacidade para inibir as enzimas acetyl e butirilcholinesterase, envolvidas nas neurotransmissões cerebrais e responsáveis pela progressão da doença de Alzheimer», com a vantagem de os extractos bioactivos revelarem ausência de toxicidade, frisam os investigadores.
Jorge Justino afirmou que existem já no mercado alguns fármacos que inibem as duas enzimas envolvidas nas neurotransmissões cerebrais. Contudo, os investigadores sublinham a «necessidade urgente» da descoberta de novas substâncias «mais eficientes e menos caras que as usadas actualmente».
Os primeiros estudos nesta planta iniciaram-se em 1992, num projecto que há um ano, publicados os primeiros resultados, conseguiu o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e se encontra em fase de registo de patente. A FCT apoia, durante três anos, o estudo da produção agronómica desta espécie de salvia «com vista à avaliação dos seus constituintes para o potencial controlo da doença de Alzheimer».
A ESAS, que tem a seu cargo o estudo da bioactividade dos compostos e a sua toxicidade, está a procurar forma de plantar, em grandes quantidades, recorrendo também à micropropagação, a espécie de salvia em estudo, adiantou Jorge Justino.
A extracção, isolamento e síntese dos compostos da planta tem sido desenvolvida pela equipa liderada por Amélia Rauter, que procura valorizar os componentes desta planta para outras patologias também do foro neurológico.
A Salvia, de que existem mais de 1.400 espécies, é uma das plantas aromáticas e medicinais usadas pela medicina popular um pouco por todo o Mundo, tendo sido já isolados, em algumas espécies, princípios activos associados à actividade cardíaca e antibacterianos, e, noutras, com capacidades insecticidas e fungicidas.
A Salvia miltiorrhiza é activa no combate às células cancerígenas dos pulmões e é usada pela medicina chinesa para tratar diversas patologias, incluindo a insónia, sendo ainda referido o seu contributo para a diminuição do consumo de álcool.
«Os extractos de Salvia fruticosa e Salvia officinalis são conhecidos pela sua actividade anti-oxidante, tendo sido experimentalmente demonstrado que extractos desta última espécie revelam actividades anti-oxidantes, anti-inflamatórias e hipoglicémicas e de aumento da capacidade de memorização, sendo usada pela medicina chinesa para tratamento da doença de Alzheimer», referem os investigadores.
Tendo em conta o conhecimento e a investigação já desenvolvida nesta área, a ESAS submeteu à aprovação da tutela a abertura, no próximo ano lectivo, de um mestrado em Plantas Medicinais com Aplicação Industrial, adiantou Jorge Justino à Lusa.
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