A inesperada
Meia-irmã do orégão (Origanum vulgare), com o qual é tantas vezes confundida, é a Gata
Borralheira das ervas aromáticas. Vive esquecida nas embalagens de
misturas de condimentos que vamos mantendo lá por casa. Usamo-la
frequentemente com nome trocado e o sapato de cristal só é calçado
quando um dia nos é apresentada pessoalmente e descobrimos de forma
surpreendente que afinal é uma princesa entre as ervas e que a
havíamos descurado imprudentemente.
A abóbora vira coche,
será o mesmo que dizer que a nossa cozinha se transforma num
palácio, onde chalotas e queijo azul são parte da vasta corte de
ingredientes reais, proporcionando finais felizes, tal como nos
contos de fadas. E as vantagens sobre a meia-irmã tornam-se
evidentes quando percebemos que o orégão tem mau feitio e não
gosta muito de ser cultivado no sitio que escolhemos para ele (amua e
tem menos sabor). Afinal é um selvagem que só mostra o que vale
quando floresce, o que acontece com menor frequência do que
desejaríamos, enfim...
Na época medieval os
irmãos enclausurados nos mosteiros consumiam esta planta, que em
certas doses teria propriedades anafrodisíacas, o que evitaria
pensamentos carnais... Ora, é precisamente com carne que mais gosto
de a consumir!!! Não aconselhável portanto em grandes doses, a
cavalheiros de meia idade, por razões óbvias...
Adoro a cor
verde-acinzentada das folhas desta planta, que promovem um contraste
único com a restante vegetação, conferindo-lhe um excelente
carácter ornamental. Tenho a certeza que juntos, seremos felizes
para sempre. Para adquirir, clique aqui.
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