Porque arde Portugal?

Uma das características mais impressionantes do povo português é a sua capacidade de se emocionar e reagir colectivamente às tragédias dos seus semelhantes.

Rapidamente surgem diversas iniciativas de solidariedade no sentido de angariar alimentos, bens e dinheiro para ajudar quem mais precisa. 

Apesar da sua enorme importância, esta solidariedade ajudará na maioria dos casos, a resolver os problemas das pessoas afectadas, a curto prazo.

Hoje apelei aos portugueses pelo mundo, partilhando uma ideia de solidariedade a longo prazo, falando sobre a questão dos incêndios florestais em Portugal na RTP (o meu contributo a partir do minuto 10).

Estima-se que a área do território nacional abandonada e de dono desconhecido seja superior a 2 milhões de hectares, perto de 20% do território nacional e maioritariamente floresta. 

É na zona de minifúndio do Centro e Norte e no Algarve que se encontra a maioria desta área abandonada. 

A maioria dos terrenos são parcelas pequenas e muitas delas pertencem a pessoas que jamais voltarão a viver em Portugal.

Em vez de donativos em dinheiro e comida, porque não oferecer, vender, arrendar a longo prazo ou entregar a gestão destas parcelas a associações florestais/agrícolas locais?

Estou seguro que seria um contributo gigantesco para reduzir drasticamente a probabilidade de incêndios no nosso país. E solidariedade responsável com visão de longo prazo.

http://media.rtp.pt/praca/videos/um-incendio-florestal-prevenir/

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