Dente-de-leão

O dente-de-leão (Taraxacum officinale) é uma das plantas mais bem sucedidas do Planeta. O que não espanta, se observarmos de muito perto a forma engenhosa que criou para dispersar as suas sementes.

Inventou o paraquedas muito antes de Leonardo da Vinci! O que o levou a estar presente em todos os continentes, sobretudo em hortas, jardins e outros locais húmidos, que reúnem as suas preferências.
 
Na infância de muitos de nós, foi a primeira planta com a qual tivemos contacto, assumindo a mesma importância no imaginário colectivo que o feijão germinado em algodão. Logo depois de uma criança aprender as primeiras palavras e ter força suficiente para soprar, ainda hoje se ensina que ao fazê-lo, pode expor a miserável condição capilar do pai do outro.

Os progenitores mais românticos ensinam que se pode pedir um desejo, se o rebento soprar um com muita determinação. O que espanta nesta planta é tudo aquilo que a maioria das pessoas não sabe sobre ela.

A começar, por ser uma magnífica planta comestível, rica em cálcio, ferro, magnésio e nas vitaminas A, C e K. Noutros países, é frequentemente utilizada fresca, em saladas, ou cozida, em sopas, sendo o seu uso tão popular quanto é o da rúcula, pelas nossas bandas.

Os ingleses usam-no como ingrediente em bebidas fermentadas, os franceses fazem aguardente e os belgas cerveja. Dente-de-leão para os portugueses, por causa da forma das suas folhas.

Talvez por ser tão diurética, é conhecida entre os francófonos como ‘pissenlit’, o que literalmente significa ‘faz chichi na cama’. Tanto potencial que esta pequenina planta tem, ainda assim, invisível para a maioria dos portugueses.

Encontrei um e decidi olhar bem de perto. Consegui ver o futuro na sua bola mágica de sementes. E soprei…


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