Deixem os répteis em paz…
Durante anos calcorreei a pé algumas das zonas protegidas mais
importantes do país. Fiz o Parque Nacional da Peneda-Gerês todo a pé, em
semanas de sobrevivência, dependendo apenas de bússola e carta militar,
seguindo linhas de água e dormindo ao relento, sob as estrelas.
Percorri boa parte de Montesinho e o Alvão está no meu coração. Ouvi os
lobos a uivar à noite na Peneda, dormi rodeado de manadas de barrosãs,
senti no solo a vibração de um bando de garranos a correr pela encosta. Vi grifos e quebra-ossos no Douro Internacional.
Por diversas vezes me cruzei com as duas víboras (cornuda e seloane).
De todos os répteis da fauna portuguesa, posso dizer com segurança que
estas duas espécies são talvez das mais furtivas. Nunca tive o
privilégio de as observar por mais de alguns segundos.
Desde miúdo que me fascinam todos os répteis. Várias vezes fui mordido ao manipular cobra-rateira e cobra-de-água-viperina adultas, duas espécies muito comuns. Por vezes, deixava que mordessem propositadamente, só para mostrar a quem estava à minha volta que o medo não fazia sentido.
A mordedura doí, como doí a mordedura de um rato-do-campo ou de um simples grilo.
Na sequência do post anterior, decidi estabelecer um ranking de dor e de efeitos nefastos, provocados por alguns dos animais pelos quais já fui mordido, picado ou pisado.
O espantoso é que já foram muitos os bichos que o fizeram!
Aqui fica o ranking de dor/malefício sentido:
1º lugar – Cornada de um touro barrosão de 1000 kg – a culpa foi minha que não soube respeitar a distância do animal – parte do rosto pisado e olho à Camões – dor agoniante durante horas, como se tivesse levado com um piano na testa.
2º lugar – Picada de água-viva durante o mergulho, em diversas ilhas, nos Açores. Dor semelhante à de uma queimadura grave, sintomas na pele equivalentes. Em alguns casos, cicatrizes para o resto da vida.
3º lugar – Mordedura de uma cadela pastor-alemão, durante anos, uma das raças favoritas dos portugueses. Culpa dos seus donos, que estavam mesmo ao lado e nunca a mandaram treinar com o Abilio Leite. Dor forte, muito sangue e uma camisa rasgada. Cicatrizes durante alguns anos.
4º lugar – Picada de vespa, dezenas de vezes. Dor forte, mas rápida a passar. Inchaço local, durante algumas horas.
5º lugar – Ser mordido por um papagaio, enquanto tentava partilhar algumas sementes de girassol. Corte profundo no polegar, sangramento intenso. Ainda por cima fui insultado pelo animal, e com razão…
6 º lugar – Mordedura de um musaranho que tentei salvar e se fez passar por morto… só que não. O pior de ser mordido por este minúsculo mamífero é o pesadelo de sacudir a mão a velocidades 4G e ele ainda assim não se soltar...
7º lugar – mordedura de cobras ou lagartos – dor muito inferior às descritas anteriormente. Probabilidade de pequeno inchaço local. A menos provável de acontecer nas vossas vidas, de todas as que aqui descrevi.
Deixem os répteis em paz…
Desde miúdo que me fascinam todos os répteis. Várias vezes fui mordido ao manipular cobra-rateira e cobra-de-água-viperina adultas, duas espécies muito comuns. Por vezes, deixava que mordessem propositadamente, só para mostrar a quem estava à minha volta que o medo não fazia sentido.
A mordedura doí, como doí a mordedura de um rato-do-campo ou de um simples grilo.
Na sequência do post anterior, decidi estabelecer um ranking de dor e de efeitos nefastos, provocados por alguns dos animais pelos quais já fui mordido, picado ou pisado.
O espantoso é que já foram muitos os bichos que o fizeram!
Aqui fica o ranking de dor/malefício sentido:
1º lugar – Cornada de um touro barrosão de 1000 kg – a culpa foi minha que não soube respeitar a distância do animal – parte do rosto pisado e olho à Camões – dor agoniante durante horas, como se tivesse levado com um piano na testa.
2º lugar – Picada de água-viva durante o mergulho, em diversas ilhas, nos Açores. Dor semelhante à de uma queimadura grave, sintomas na pele equivalentes. Em alguns casos, cicatrizes para o resto da vida.
3º lugar – Mordedura de uma cadela pastor-alemão, durante anos, uma das raças favoritas dos portugueses. Culpa dos seus donos, que estavam mesmo ao lado e nunca a mandaram treinar com o Abilio Leite. Dor forte, muito sangue e uma camisa rasgada. Cicatrizes durante alguns anos.
4º lugar – Picada de vespa, dezenas de vezes. Dor forte, mas rápida a passar. Inchaço local, durante algumas horas.
5º lugar – Ser mordido por um papagaio, enquanto tentava partilhar algumas sementes de girassol. Corte profundo no polegar, sangramento intenso. Ainda por cima fui insultado pelo animal, e com razão…
6 º lugar – Mordedura de um musaranho que tentei salvar e se fez passar por morto… só que não. O pior de ser mordido por este minúsculo mamífero é o pesadelo de sacudir a mão a velocidades 4G e ele ainda assim não se soltar...
7º lugar – mordedura de cobras ou lagartos – dor muito inferior às descritas anteriormente. Probabilidade de pequeno inchaço local. A menos provável de acontecer nas vossas vidas, de todas as que aqui descrevi.
Deixem os répteis em paz…
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