De partida para férias
Nós jardineiros vivemos o período das férias com sentimentos mistos, uma vez que sair de casa e mudar de ritmo é bom, mas ao mesmo tempo deixámos para trás os maravilhosos frutos que estão a amadurecer, as flores que estão no seu melhor, e algumas tarefas fundamentais, se queremos que o jardim continue lindo durante o Outono. Pior do que partir poderá ser regressar e constatar que o nosso belo jardim está repleto de infestantes, fruta estragada, plantas desidratadas ou mortas, pragas e doenças que alastraram em território sagrado.
Contudo, há vantagens em partir – deparar com novas realidades pode abrir-nos a mente, se estivermos atentos ao que nos rodeia, permitindo adquirir informação diversa, mesmo sobre as plantas que temos em casa. Basta viajar um pouco para sul no nosso país (para onde parece que vão todos os portugueses em Agosto!!!) para encontrarmos ecossistemas completamente distintos daqueles a norte, com plantas típicas de solos calcários, resistentes à seca, tais como tomilhos (Thymus sp.), estêvas (Cistus sp.), alecrim (Rosmarinus sp.) e marioilas ou salvão (Phlomis sp.), entre muitas outras espécies.
Não imaginam o prazer que me dá percorrer estes “jardins” espontâneos e pensar que a maior parte destas plantas são altamente valorizadas como espécies ornamentais em países como a Inglaterra ou os Estados Unidos. Muitas apresentam-se pouco desenvolvidas e algumas até atrofiadas, o que pode parecer estranho, até darmos conta que o solo do nosso jardim é certamente mais rico em nutrientes e tem maior capacidade de retenção de água do que aquele com que nos deparámos. Já para não falar de todos os outros factores bióticos e abióticos aos quais se encontram expostas, tais como ventos fortes, pastoreio, incêndios, erosão, etc. Nada disto acontece normalmente nos nossos recantos. Convém no entanto referir que a maior parte destas plantas depende efectivamente destes factores até como condicionante para a sua longevidade, ou seja, um tomilho pastado está na realidade a ser estimulado a desenvolver novos rebentos, contribuindo isto de forma decisiva para que dure mais tempo. Costumo dizer, em tom de brincadeira, que nos jardins temos quase sempre “plantas musculadas”, em comparação com as suas parentes selvagens. Na ausência destes factores, a tendência para o envelhecimento precoce é enorme. Por isso mesmo, temos que nos substituir a eles, simulando-os. É o que acontece quando podámos, no fundo recriámos as condições naturais e as plantas agradecem, rejuvenescendo.
Observando a sua distribuição no estado espontâneo, frequentemente em maciços agrupados e densos, sendo mais dispersos nos limites, damos conta de como podemos recriar um espaço mais naturalizado no nosso jardim. Depois de observarmos uma estêva ao sol numa colina inclinada e pedregosa algures, nunca vamos cometer o erro de a plantar numa zona sombria ou com solo húmido, no nosso jardim. Ainda mais importante, o tipo de solo em que as plantas se desenvolvem no seu habitat, fornece indicações preciosas sobre a preparação do mesmo, lá em casa. Por isso, muita atenção ao que nos rodeia, porque nos transmite muita informação útil, assim haja sensibilidade para a acolher.
Contudo, há vantagens em partir – deparar com novas realidades pode abrir-nos a mente, se estivermos atentos ao que nos rodeia, permitindo adquirir informação diversa, mesmo sobre as plantas que temos em casa. Basta viajar um pouco para sul no nosso país (para onde parece que vão todos os portugueses em Agosto!!!) para encontrarmos ecossistemas completamente distintos daqueles a norte, com plantas típicas de solos calcários, resistentes à seca, tais como tomilhos (Thymus sp.), estêvas (Cistus sp.), alecrim (Rosmarinus sp.) e marioilas ou salvão (Phlomis sp.), entre muitas outras espécies.
Não imaginam o prazer que me dá percorrer estes “jardins” espontâneos e pensar que a maior parte destas plantas são altamente valorizadas como espécies ornamentais em países como a Inglaterra ou os Estados Unidos. Muitas apresentam-se pouco desenvolvidas e algumas até atrofiadas, o que pode parecer estranho, até darmos conta que o solo do nosso jardim é certamente mais rico em nutrientes e tem maior capacidade de retenção de água do que aquele com que nos deparámos. Já para não falar de todos os outros factores bióticos e abióticos aos quais se encontram expostas, tais como ventos fortes, pastoreio, incêndios, erosão, etc. Nada disto acontece normalmente nos nossos recantos. Convém no entanto referir que a maior parte destas plantas depende efectivamente destes factores até como condicionante para a sua longevidade, ou seja, um tomilho pastado está na realidade a ser estimulado a desenvolver novos rebentos, contribuindo isto de forma decisiva para que dure mais tempo. Costumo dizer, em tom de brincadeira, que nos jardins temos quase sempre “plantas musculadas”, em comparação com as suas parentes selvagens. Na ausência destes factores, a tendência para o envelhecimento precoce é enorme. Por isso mesmo, temos que nos substituir a eles, simulando-os. É o que acontece quando podámos, no fundo recriámos as condições naturais e as plantas agradecem, rejuvenescendo.
Observando a sua distribuição no estado espontâneo, frequentemente em maciços agrupados e densos, sendo mais dispersos nos limites, damos conta de como podemos recriar um espaço mais naturalizado no nosso jardim. Depois de observarmos uma estêva ao sol numa colina inclinada e pedregosa algures, nunca vamos cometer o erro de a plantar numa zona sombria ou com solo húmido, no nosso jardim. Ainda mais importante, o tipo de solo em que as plantas se desenvolvem no seu habitat, fornece indicações preciosas sobre a preparação do mesmo, lá em casa. Por isso, muita atenção ao que nos rodeia, porque nos transmite muita informação útil, assim haja sensibilidade para a acolher.
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