Se fosse cozinheiro de profissão

Gosto muito de cozinhar. Na cozinha, sou um tipo que se safa melhor com guisados, estufados, e tudo o que envolva comida a flutuar, borbulhando e emergindo de um molho consistente e espesso quanto baste.

Gosto de fazer comida de Inverno que se coma de Verão, mas nem sempre sou bem sucedido...

Numa espécie de vislumbre desconcertante, descobri uma "alma gémea" na cozinha dos cozinhados que mais gosto de fazer e comer.

Se um dia fosse cozinheiro de profissão, seria como o Correia, proprietário de um restaurante com o mesmo nome, em Vila do Bispo.

Este Senhor, que conheço há uns bons anos, é de uma consistência impressionante. É impossível fazer umas lulas recheadas, ou um coelho ou uma tomatada de polvo, tantas vezes tão bem feito. Mas ele consegue.

E se lhe pedirem com carinho um arroz só de legumes, porque não se come carne nem peixe, também o faz, a roçar o perfeito...

Comida tão honesta quanto o seu olhar atento a todas as mesas e a pergunta que lança sempre durante o jantar: "está bom?!".

O Correia faz comida de Inverno que se come com prazer durante o ano todo. Talvez um dia eu também consiga...

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