Excesso de flúor

Cresci como a maioria dos da minha geração utilizando dentífricos ricos em flúor, consumindo suplementos de flúor, águas enriquecidas com flúor, etc. 

Além disso, este elemento químico esteve e continua a estar presente nos nossos dias, em trens de cozinha, roupa (teflon), calçado...

Para meu grande espanto, descubro agora que actualmente não existe consenso nos valores da janela terapêutica do flúor. A sua utilização é cada vez mais posta em causa e está na base de uma enorme discussão mundial, que divide a comunidade científica e industrial.
O consumo excessivo deste químico está na origem da fluorose óssea, uma doença cada vez mais comum.

A planta do chá (Camellia sinensis) tem a capacidade de extrair flúor do solo. 6 em cada 10 marcas correntes de chá apresentam doses de flúor superiores a 4 mg, patamar a partir do qual a nossa saúde é ameaçada. Mesmo tempos de infusão baixos (2 minutos) são suficientes para extrair doses grandes de flúor quando se faz um chá.

Este facto está na origem do decréscimo mundial do consumo de chá e no aumento da procura de outras infusões e tisanas, que não contém cafeína e flúor na sua composição. 

As infusões e tisanas, quando consumidas numa dose não terapêutica, representam alternativas saudáveis ao chá.

Curioso o facto de muitos dentistas atribuírem manchas nos dentes aos consumidores habituais de chá, embora a maioria das pessoas considere que seja apenas pelo contacto regular da bebida com os dentes!!!

Mais uma entre tantas outras razões para criarmos uma saudável cultura de consumo de infusões e tisanas provenientes de agricultura biológica, produzidas localmente. 

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