Fizeram-se à vida

O ninho da pata-brava selvagem entre os nossos cultivos de erva-príncipe (Cymbopogon citratus) viu hoje partir os seus hóspedes. Valeu muito a pena o nosso cuidado na semana anterior, de adiar os trabalhos de manutenção no local, de forma a permitir que a ninhada eclodisse em segurança.

Estão algures próximo das linhas de água do lameiro que existe no lado nascente da propriedade, a fazer pela vida. A sua presença cá na Quinta é extremamente benéfica, já que nos ajudam a controlar a população de caracóis, lesmas, gafanhotos e muitos outros insectos.

Quanto maior a biodiversidade, maior a tendência para o equilíbrio. Esta é uma das maiores lições que temos recebido aos longo dos últimos 18 anos no Cantinho das Aromáticas. A sua importância é fundamental na saúde e no bem-estar de todos os seres humanos.

Num ambiente com grande biodiversidade, são inúmeros os serviços gratuitos dos ecossistemas, uns facilmente comprovados pela ciência actual, outros só agora vamos começando a descobrir. Quando esta guerra terminar, na alvorada de um novo dia, de uma nova sociedade, temos que finalmente aprender a partilhar o Planeta com todos os outros seres vivos.

Só assim seremos realmente eficientes a evitar novas pandemias e uma sucessão de catástrofes naturais, que nos castigam pela ausência de conexão com a natureza que nos rodeia, com o nosso mais profundo íntimo.
 


 

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