Ingestão de bagas tóxicas
Todos anos recebo habitualmente por esta altura um ou mais telefonemas de amigos muito aflitos, porque os seus filhos ingeriram uma baga de um estranho arbusto que desconhecem.
Os períodos de férias e lazer ao ar livre coincidem com a frutificação e maturação dos frutos de muitas espécies que povoam os nossos parques e jardins.
Alguns destes frutos exercem um forte apelo à natural curiosidade das crianças mais pequenas, levando-os à sua ingestão.
Existem várias espécies que, por conterem substâncias tóxicas, podem ser prejudiciais e até perigosas para a saúde.
Nos casos em que se valida a ingestão destes frutos por crianças, é muito importante manter a calma e não se precipitar.
Se possível, recolha um ramo da planta e seus frutos ou imagens que ajudem na sua posterior identificação.
Os casos de ingestão mais comuns acontecem com bagas de azevinho (Ilex aquifolium), sabugueiro (Sambucus nigra), loureiro (Laurus nobilis), loureiro-cerejeira (Prunus laurocerasus), erva-moura (Solanum nigrum), entre outras.
Em caso de ingestão de bagas de plantas de uma planta que desconhece, reúna o máximo de informação sobre a planta, idade e sexo da criança, há quanto tempo fez a ingestão e se possível, em que quantidade, e se revela algum tipo de sintomas.
De seguida, deverá ligar de imediato para o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) (800 250 250) e seguir as orientações fornecidas.
(Ex: vigilância da criança nas próximas horas, verificar se releva algum tipo de sintomas, manter a criança bem hidratada e no caso particular das bagas de plantas, eventualmente induzir a criança em vómito, com uma solução de água e sal).
Muitas destas bagas são amargas, o que faz com que não sejam consumidas em quantidade. Felizmente os casos com sintomatologia grave são raros.
O conhecimento científico na área da Botânica, nomeadamente das plantas venenosas, necessita de maior divulgação junto do grande público.
Partilho um pequeno vídeo com um contributo:
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