Que planta trata contusões, lesões musculares, queimaduras e feridas?
Que planta permite fabricar um dos melhores fertilizantes para agricultura biológica, um composto incomparável, macerações ou um chorume excelente? A consolda (Symphytum officinale)!
Comum na Europa, excepto na região mediterrânica, surge no nosso país nalguns jardins e hortas, onde é cultivada de forma a tirar partido das suas inúmeras características: em consociação com outras plantas hortícolas, melhora a produção e a qualidade, por melhorar a disponibilidade de fósforo e potássio, além de poder proporcionar sombra, o que se revela óptimo por exemplo nos morangueiros.
Rica em cálcio, potássio, fósforo, ferro e magnésio, possui uma relação C/N semelhante ao composto curtido (9,8/1)!
O chorume fermentado obtido a partir das folhas fermentadas acelera a compostagem.
Desenvolve-se bem ao sol embora prefira situações de meia-sombra. Gosta de ser bem irrigada de Verão. Desenvolve-se muito rapidamente, produzindo uma enorme massa foliar.
Resistente ao frio, floresce entre Maio e Junho e as suas sementes ficam maduras entre Julho e Agosto. As flores são cor-de-rosa, em grande número, hermafroditas e polinizadas por abelhas.
A consolda foi usada ao longo da história enquanto planta medicinal, no tratamento de vários problemas.
As partes mais utilizadas são a raiz e as folhas, sendo a raiz, a partir dos 2 anos de vida, mais activa. É especialmente utilizada no tratamento externo de cortes, contusões, entorses, eczemas, psoríase, fracturas de ossos, etc.
A planta contém uma substância chamada alantoína, que acelera o processo de cicatrização de feridas e é reepitelizante, sendo muito utilizada para acelerar a formação de calo ósseo depois das fracturas.
Esta substância é já sintetizada pela indústria farmacêutica e utilizada numa enorme panóplia de fármacos e cosméticos.
Contém também mucilagens que actuam como hidratantes e anti-inflamatórias. Não deve ser utilizada durante a gravidez ou aleitação nem aplicado externamente sobre feridas abertas.
Nos últimos anos é cada vez mais procurada para agricultura ou jardinagem biológica, onde deve ter um lugar de destaque, pois pode facilmente substituir a aplicação de fertilizantes de síntese, algo muito difícil de conseguir com qualquer outra planta.
Partilhamos algumas receitas possíveis de realizar com esta planta:
Bioestimulante: para favorecer a germinação de sementeiras, maturação de algumas hortícolas e a activação do composto.
1 kg de folhas frescas para 10 litros de água. Deixar a macerar/fermentar durante alguns dias. Filtrar muito bem. Aplicar diluindo 10% (10 cl/1litro água) preparado em água em utilizações como adubo verde e regar; diluindo 5% (5 cl/1litro água) preparado em água em pulverização foliar.
Insecticida: contra a mosca branca e pulgões.
Fazer uma infusão durante 20 minutos com cerca de 8 folhas grandes, partidas aos bocados, num litro de água. Deixar repousar meio dia e pulverizar sem diluir.
Cicatrizante de feridas ou cortes de poda: permite a sua desinfecção. Colocar várias folhas a fermentar num recipiente opaco, sem água. Com a ajuda de uma ferramenta, prensa-se todos os dias até se obter um sumo escuro e concentrado. Aplicado sobre as feridas ou cortes de poda permite desinfectá-las de forma surpreendente.
Controlo de caracóis e lesmas: permite a sua captura em massa.
As folhas são irresistíveis para caracóis e lesmas. Espalhadas pelos cultivos são verdadeiras armadilhas que permitem a sua captura em grande número.
Veterinária: pasta cicatrizante para animais domésticos.
As folhas e raízes esmagadas e depois aplicadas em cataplasmas nestas situações permitem acelerar a velocidade de cicatrização de cortes e feridas de forma surpreendente.
Compostagem: permite acelerar o processo.
Colocar várias folhas na pilha de compostagem contribui para aumentar a velocidade do processo e aumentar a qualidade do composto final, pela riqueza em nutrientes apresentada.
Comestível: folhas e rebentos frescos podem ser consumidos tal como o espinafre. As folhas e os rebentos jovens frescos são comestíveis e ricos em vitamina B12, embora com precaução, pois em consumo excessivo pode tornar-se hepatotóxica.
Disponível no viveiro e loja online do Cantinho das Aromáticas, nesta ligação.
Que planta permite fabricar um dos melhores fertilizantes para agricultura biológica, um composto incomparável, macerações ou um chorume excelente? A consolda (Symphytum officinale)!
Comum na Europa, excepto na região mediterrânica, surge no nosso país nalguns jardins e hortas, onde é cultivada de forma a tirar partido das suas inúmeras características: em consociação com outras plantas hortícolas, melhora a produção e a qualidade, por melhorar a disponibilidade de fósforo e potássio, além de poder proporcionar sombra, o que se revela óptimo por exemplo nos morangueiros.
Rica em cálcio, potássio, fósforo, ferro e magnésio, possui uma relação C/N semelhante ao composto curtido (9,8/1)!
O chorume fermentado obtido a partir das folhas fermentadas acelera a compostagem.
Desenvolve-se bem ao sol embora prefira situações de meia-sombra. Gosta de ser bem irrigada de Verão. Desenvolve-se muito rapidamente, produzindo uma enorme massa foliar.
Resistente ao frio, floresce entre Maio e Junho e as suas sementes ficam maduras entre Julho e Agosto. As flores são cor-de-rosa, em grande número, hermafroditas e polinizadas por abelhas.
A consolda foi usada ao longo da história enquanto planta medicinal, no tratamento de vários problemas.
As partes mais utilizadas são a raiz e as folhas, sendo a raiz, a partir dos 2 anos de vida, mais activa. É especialmente utilizada no tratamento externo de cortes, contusões, entorses, eczemas, psoríase, fracturas de ossos, etc.
A planta contém uma substância chamada alantoína, que acelera o processo de cicatrização de feridas e é reepitelizante, sendo muito utilizada para acelerar a formação de calo ósseo depois das fracturas.
Esta substância é já sintetizada pela indústria farmacêutica e utilizada numa enorme panóplia de fármacos e cosméticos.
Contém também mucilagens que actuam como hidratantes e anti-inflamatórias. Não deve ser utilizada durante a gravidez ou aleitação nem aplicado externamente sobre feridas abertas.
Nos últimos anos é cada vez mais procurada para agricultura ou jardinagem biológica, onde deve ter um lugar de destaque, pois pode facilmente substituir a aplicação de fertilizantes de síntese, algo muito difícil de conseguir com qualquer outra planta.
Partilhamos algumas receitas possíveis de realizar com esta planta:
Bioestimulante: para favorecer a germinação de sementeiras, maturação de algumas hortícolas e a activação do composto.
1 kg de folhas frescas para 10 litros de água. Deixar a macerar/fermentar durante alguns dias. Filtrar muito bem. Aplicar diluindo 10% (10 cl/1litro água) preparado em água em utilizações como adubo verde e regar; diluindo 5% (5 cl/1litro água) preparado em água em pulverização foliar.
Insecticida: contra a mosca branca e pulgões.
Fazer uma infusão durante 20 minutos com cerca de 8 folhas grandes, partidas aos bocados, num litro de água. Deixar repousar meio dia e pulverizar sem diluir.
Cicatrizante de feridas ou cortes de poda: permite a sua desinfecção. Colocar várias folhas a fermentar num recipiente opaco, sem água. Com a ajuda de uma ferramenta, prensa-se todos os dias até se obter um sumo escuro e concentrado. Aplicado sobre as feridas ou cortes de poda permite desinfectá-las de forma surpreendente.
Controlo de caracóis e lesmas: permite a sua captura em massa.
As folhas são irresistíveis para caracóis e lesmas. Espalhadas pelos cultivos são verdadeiras armadilhas que permitem a sua captura em grande número.
Veterinária: pasta cicatrizante para animais domésticos.
As folhas e raízes esmagadas e depois aplicadas em cataplasmas nestas situações permitem acelerar a velocidade de cicatrização de cortes e feridas de forma surpreendente.
Compostagem: permite acelerar o processo.
Colocar várias folhas na pilha de compostagem contribui para aumentar a velocidade do processo e aumentar a qualidade do composto final, pela riqueza em nutrientes apresentada.
Comestível: folhas e rebentos frescos podem ser consumidos tal como o espinafre. As folhas e os rebentos jovens frescos são comestíveis e ricos em vitamina B12, embora com precaução, pois em consumo excessivo pode tornar-se hepatotóxica.
Disponível no viveiro e loja online do Cantinho das Aromáticas, nesta ligação.
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