Selo-de-Salomão

O Selo-de-Salomão (Polygonatum odoratum) é uma das espécies mais antigas da coleção botânica do Cantinho das Aromáticas.

É uma das plantas que marca o início da Primavera, no norte e centro de Portugal e no Alto Alentejo. Autóctone, é da família dos espargos e ocorre sob o coberto de bosques, orlas de matagais, em sítios húmidos e sombrios.

Produz inúmeras flores tubulosas, de tonalidade esbranquiçada e extremidade verde, dispostas lado-a-lado, suspensas abaixo do caule curvado, tornando esta espécie inconfundível.

Assim que se abrem, e por apenas alguns dias, libertam um dos mais raros e extraordinários perfumes que alguma vez senti. Não consigo imaginar os nossos jardins produtivos sem a sua discreta presença.

Anualmente o vigoroso rizoma horizontal da planta dá origem a um novo caule que, ao desaparecer antes do Inverno, deixa uma marca como a de um sinete, o que lhe confere um aspeto muito peculiar e lhe empresta o majestoso nome.

No Verão, produz frutos semelhantes a mirtilos, o que pode levar à sua ingestão, sobretudo por crianças, pelo que aconselho muita prudência, já que estes apresentam toxicidade.

Na cosmética moderna, o rizoma serve de base a uma água de beleza indicada para peles sem brilho. Este rizoma, depois de cozido e esmagado, tem um potencial efeito benéfico, quando colocado sobre contusões e inchaços, atenuando as dores.
 

 

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