Qual a árvore mais cara de Portugal?
Um plátano em Londres foi avaliado em + de 800.000 euros, tornando-o a árvore mais valiosa de Inglaterra. Plantado em 1794, com mais de 1,80 m diâmetro, a sua avaliação foi baseada num novo sistema desenvolvido pelas autoridades locais competentes. Tem em conta o tamanho, estado fitossanitário, significado histórico e o número de pessoas a viver perto. O sistema de avaliação funciona com o custo inicial de uma árvore (de 0,50 a 10.000 euros).
Só na cidade de Londres, o valor estimado do património arbóreo é de cerca de 7 biliões de euros, de acordo com o novo sistema de avaliação. Além dos plátanos, na lista das mais valiosas estão carvalhos, castanheiros-da-índia e faias. Existem muitas árvores valiosas espalhadas por toda a cidade. A maior parte vale entre 8,500 e 12800 euros.
Este sistema de avaliação, conhecido como CAVAT (capital asset value for amenity trees) será adoptado por todas as autoridades locais do país de forma a prevenir o massacre das árvores, facilmente substituídas por edifícios. No futuro, ter um preço anexo torna-se importante quando a árvore se encontra de alguma forma ameaçada. O elevado valor das árvores exigirá esforços extras aquando de uma tomada de decisão que envolva abater/deslocar uma árvore.
A utilização de árvores em espaços verdes urbanos resume-se muitas vezes a incluí-las no planeamento urbano como um elemento meramente decorativo. Existem excepções, mas regra geral poucas autarquias desenvolvem planos abrangendo todo o seu território, de forma a coordenar o planeamento e a manutenção dos espaços verdes a fim de alcançar funções e finalidades específicas.
Uma cidade jamais poderia instalar arruamentos, condutas, electrificação, sem um planeamento prévio, um projecto devidamente coordenado. O conceito de “infra-estrutura verde” implica que a natureza nas cidades deveria ser administrada de forma integrada, do mesmo modo que os sistema de saneamento, de transporte, de energia o são - ou deveriam ser.
De facto, os espaços verdes das cidades, como os parques, os bosques e as áreas de agricultura urbana, são normalmente geridos de modo fragmentado e aleatório, um a um, sem a menor integração.
Realçar o valor do capital arbóreo em espaço urbano é pois uma prioridade a defender, em contraste com a visão estabelecida, que para muitos significa que árvores e jardins significam despesismos desnecessários, quando comparados com outras necessidades.
A importância da arborização pode traduzir-se pela melhoria do microclima, controlo da poluição sonora, visual e atmosférica, além da notória melhoria estética das cidades. As áreas verdes proporcionam estímulos à sensibilidade humana, contribuindo para a saúde física e mental das pessoas, além de fornecerem abrigo e alimento para a fauna que connosco consegue coexistir. No futuro, os espaços arborizados das cidades poderão mesmo amenizar os impactes decorrentes das alterações climáticas.
No nosso país existe vontade de implementar um sistema idêntico, mas até agora pouco foi feito, existem muitas barreiras e preconceitos a derrubar. “Árvore é Vida”, dizia o slogan no cartaz do dia da árvore, nos anos 70, na minha escola primária. Temos abatido muitas vidas e tornámos muito complicada a vida das que restam. Talvez se lhes colocarmos um preço as saibamos respeitar, como um bem fundamental, que serve a todos.
Só na cidade de Londres, o valor estimado do património arbóreo é de cerca de 7 biliões de euros, de acordo com o novo sistema de avaliação. Além dos plátanos, na lista das mais valiosas estão carvalhos, castanheiros-da-índia e faias. Existem muitas árvores valiosas espalhadas por toda a cidade. A maior parte vale entre 8,500 e 12800 euros.
Este sistema de avaliação, conhecido como CAVAT (capital asset value for amenity trees) será adoptado por todas as autoridades locais do país de forma a prevenir o massacre das árvores, facilmente substituídas por edifícios. No futuro, ter um preço anexo torna-se importante quando a árvore se encontra de alguma forma ameaçada. O elevado valor das árvores exigirá esforços extras aquando de uma tomada de decisão que envolva abater/deslocar uma árvore.
A utilização de árvores em espaços verdes urbanos resume-se muitas vezes a incluí-las no planeamento urbano como um elemento meramente decorativo. Existem excepções, mas regra geral poucas autarquias desenvolvem planos abrangendo todo o seu território, de forma a coordenar o planeamento e a manutenção dos espaços verdes a fim de alcançar funções e finalidades específicas.
Uma cidade jamais poderia instalar arruamentos, condutas, electrificação, sem um planeamento prévio, um projecto devidamente coordenado. O conceito de “infra-estrutura verde” implica que a natureza nas cidades deveria ser administrada de forma integrada, do mesmo modo que os sistema de saneamento, de transporte, de energia o são - ou deveriam ser.
De facto, os espaços verdes das cidades, como os parques, os bosques e as áreas de agricultura urbana, são normalmente geridos de modo fragmentado e aleatório, um a um, sem a menor integração.
Realçar o valor do capital arbóreo em espaço urbano é pois uma prioridade a defender, em contraste com a visão estabelecida, que para muitos significa que árvores e jardins significam despesismos desnecessários, quando comparados com outras necessidades.
A importância da arborização pode traduzir-se pela melhoria do microclima, controlo da poluição sonora, visual e atmosférica, além da notória melhoria estética das cidades. As áreas verdes proporcionam estímulos à sensibilidade humana, contribuindo para a saúde física e mental das pessoas, além de fornecerem abrigo e alimento para a fauna que connosco consegue coexistir. No futuro, os espaços arborizados das cidades poderão mesmo amenizar os impactes decorrentes das alterações climáticas.
No nosso país existe vontade de implementar um sistema idêntico, mas até agora pouco foi feito, existem muitas barreiras e preconceitos a derrubar. “Árvore é Vida”, dizia o slogan no cartaz do dia da árvore, nos anos 70, na minha escola primária. Temos abatido muitas vidas e tornámos muito complicada a vida das que restam. Talvez se lhes colocarmos um preço as saibamos respeitar, como um bem fundamental, que serve a todos.
1 comentários:
Parabéns pelo post. Um autêntico serviço público.
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