Açores - São Miguel e Santa Maria

Ainda não tinha tido tempo para colocar aqui algumas das fotos da minha última aventura no meio do atlântico, mas aqui ficam. Convém dizer que nunca me canso das ilhas (pelo contrário) e, depois de conquistada Santa Maria, faltam apenas a Graciosa e o Corvo para as conhecer a todas!!!
Num mundo que parece caminhar em agonia para o desastre, para o caos, este paraíso atlântico faz-nos acreditar que as soluções são ainda possíveis e que os seres humanos realmente as desejam, numa relação de harmonia com o seu hospedeiro, que em alguns recantos (pequenos) ainda se consegue encontrar.

Terra Nostra - piscina de água quente.


 

 



Magníficos jardins do Parque Terra Nostra.



Caldeiras de água borbulhante (o cheiro a enxofre é forte).

Nascente de água azeda, como lhe chamam.

Furnas.

Hábito local, o de cozinhar dentro destes buracos no solo, o famoso cozido e outros que tais, durante 6-8 horas.

Sete Cidades.




Plantação de chá.


Chá (Camellia sinensis)


Plantação de chá de Porto Formoso. Pequena mas linda, sobre o mar. Fui atenciosamente recebido pelo proprietário, o que agradeço.





Colheita mecânica do chá. Muito semelhante à que fazemos no Cantinho das Aromáticas.

LINDO!!!

Plantação de chá da Gorreana. Maior, muito bonita, mas com um serviço de recepção a visitantes a deixar a desejar. O potencial é grande nas 2 plantações, terá que ser mais explorado, já que são as únicas 2 de toda a Europa!!!



Uma cultura que praticamente deixou de se fazer nas ilhas, o tabaco (Nicotiana tabacum).

Ficava aqui para sempre... Amor, peixe, praia, legado... O que era preciso mais?!!

De partida para Santa Maria, no Helenic Wind.

A lindíssima praia formosa, na ilha mais antiga dos Açores (tem cerca do dobro da idade de São Miguel), o que deu origem a zonas sedimentares, como esta praia, onde a areia nos surge esbranquiçada. A água estava sempre quente, mesmo nos dias mais cinzentos.

A organizar mais uma expedição de sonho: ao encontro de um tubarão-baleia (Rhincodon typus), este ano ocorreram com frequência ao largo de Santa Maria, graças às temperaturas da água mais elevadas. Infelizmente no dia planeado para sair, o mar estava complicado e o sonho ficou adiado...

Parece a planície alentejana, mas não é. São as velhas zonas de cultivo cerealíferas de Santa Maria, que foi a primeira ilha a ser descoberta. Há 500 anos foram um dos celeiros da nação, que passava fome, porque os seus solos eram pobres para alimentar o povo. Muito cereal se produziu aqui e foi depois exportado para o continente. Agora parece um deserto... Ainda temos muito que aprender sobre gestão de solos no nosso país...


A maior parte dos habitantes pensa que Cristovão Colombo não esteve de facto em Santa Maria...

Deserto vermelho, um interessante fenómeno geológico.

Será que o programa PRECEFIAS vai conseguir erradicar as infestantes do deserto vermelho de Santa Maria? Vai ser muito difícil, é um dos principais problemas ambientais de todo o arquipélago, o avanço constante destas. Aplicaria aqui uma fórmula pessoal (rendimento mínimo = serviço cívico = programas de interesse público, nacional = integridade do território = qualidade de vida da população = felicidade), mas parece-me muito Agostinho da Silva, um pouco utópico...



Uma pedreira que virou ponto de interesse turístico.






Maravilhosas, as festas do Espírito Santo, que têm aqui uma forte tradição. Além do significado religioso com a coroação do imperador e o tradicional cortejo, a componente profana é também extremamente interessante. Grandes panelas de ferro são aquecidas por fogueiras, onde são cozinhadas as tão afamadas sopas do Império, únicas no Arquipélago. E a refeição é gratuita!!!

Alguma vinha pode encontrar-se nas encostas.

Água com fartura, é algo que os habitantes desta ilha não partilham com as outras, já que é a mais seca de todas.

Faz lembrar um clássico filme de aventuras... Quem sabe se não foi por aqui que Diogo de Silves subiu quando descobriu este belo pedaço de terra?!!!


Para meu grande espanto encontrei vários arbustos de murta (Myrtus communis), que são comuns nesta ilha.

Tal como é o poêjo (Mentha pulegium), considerado o melhor do arquipélago, tanto que vem gente de propósito das outras ilhas para o colher, para infusões e licores!!!

Um projecto de um amigo, o Mudança de Maré, a recuperação de uma antiga forma de construir barcos.

O regresso a São Miguel no bimotor da Sata. Segundo se conta (ninguém na Sata me conseguiu confirmar isto) o voo Santa Maria - São Miguel é o MAIS CARO DO MUNDO, na proporção milha/tempo de voo!!! Eu acredito!!!

O habitual chapéu cinzento que paira sobre as ilhas, aqui visto de cima.


O derradeiro luxo, habitual em qualquer ilha, mar e piscina de água de mar, sempre juntos, a banhar quem por lá passa, 365 dias por ano.

Henrique, amigo em Santa Maria.

Luís e Rita, amigos em São Miguel.

Obrigado por nos receberem!!! Bem hajam!!! Até breve!!!

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