Pesticidas cancerígenos
O pesticida a gozar de maior popularidade enquanto "residual" sempre foi o glifosato (vulgar Roundup), um herbicida sistémico, talvez por ser um dos pesticidas mais vendidos no planeta, talvez porque um dos maiores problemas a resolver em agricultura são as designadas infestantes ou plantas adventícias.
Quem como eu estuda agronomia desde os 15 anos, foi sendo "educado" pela escola da altura e pela própria indústria que vende pesticidas, que há muitos anos é a única a fazer extensão rural no nosso país, que muitos destes pesticidas tinham uma acção "residual", que o seu efeito passava, que os compostos desapareciam, que tudo era perfeitamente seguro, quer para o ecossistema, quer para a saúde humana.
Conheço inclusive alguns técnicos que ainda hoje juram a pés juntos pelo efeito residual do glifosato, usado todas as semanas pelas autarquias de todo o país, nas vossas ruas, nos jardins públicos, nas escolas onde os nossos fihos estudam, pela totalidade dos agricultores convencionais em todo o mundo.
Agora (porquê só agora???) vem a Organização Mundial de Saúde (OMS) dizer-nos que o glifosato se encontra numa lista de pesticidas “possível ou provavelmente” cancerígenos.
Quase nenhum orgão de comunicação em Portugal divulgou esta notícia, porquê??? Será porque este pesticida É UTILIZADO EM TODAS AS CULTURAS, SIM, TODAS AS CULTURAS E LUGARES ADJACENTES, em agricultura convencional??? Porque os seus resíduos se encontram em quase todos os alimentos que consumimos?
Andamos cegos e de prioridades totalmente trocadas...
Pergunto: Já ouviram falar de agricultura biológica?
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