Melissa-bastarda

Uma das plantas mais raras da flora de Portugal que tenho em cultivo é conhecida, nas poucas zonas onde vegeta como planta espontânea (Gerês, Montesinho) como betónia-bastarda; betónica-bastarda; cideira-bastarda; falsa-cidreira; melissa-bastarda. Apesar das diversas sinonímias, a Melittis melissophyllum é, na minha opinião, uma das mais bonitas labiadas da flora espontânea do nosso país, ocorrendo em matos e prados húmidos e locais sombrios, no meio de carvalhos e outras folhosas. Não sendo difícil de cultivar, exige no entanto muito cuidado na escolha do local, de preferência na sombra de outro tipo de vegetação, em local húmido ou mesmo em vaso, neste tipo de situação. É uma planta delicada e sensível, pelo que exige alguns cuidados adicionais, mesmo no controlo de pragas. As suas flores exalam um forte aroma a mel e as folhas, quando secas, tornam-se também perfumadas, mantendo a fragância por muito tempo. É tradicionalmente utilizada como adstringente, anti-séptica, diurética, sedativa e vulnerária, embora existam poucos estudos abrangentes sobre as suas propriedades medicinais. Tem sido sistematicamente colectada para abastecer uma indústria ervanária crescente mas pouco regulada, o que a torna numa planta ameaçada.
Deixo aqui algumas fotos das suas flores, que são grandes e bonitas, para regalo geral.





Share this:

,

CONVERSATION

2 comentários:

Anónimo disse...

Parece ser interessante mas é possivel utilizar em culinária?Já agora, no catálogo da lojinha aparece a erva do caril também com o nome de perpétua das areias(segundo outro artigo vosso são espécies diferentes da mesma planta)Porquê?
Parabéns pelo site, artigos, fotos, lojinha ,etc.
Um abraço

Anónimo disse...

Na minha aldeia, há muitos muitos, muitos anos as mulheres misturavam esta planta depois de seca com o tabaco que os homens fumavam, resultando desta mistura um afrodisíaco natural e com efeitos comprovados...